quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Gente da imprensa - Thaís Pismel


Nome completo:
Thaís Pismel de Almeida

Data nascimento:
20/10/82

Onde trabalha?
Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Maringá


Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Meu primeiro trabalho com o jornalista foi em 2002, ainda na faculdade, quando eu e um grupo de acadêmicos fazíamos um programa de televisão que era transmitido na TV Cidade, intitulado "Entrevista Coletiva". No mesmo ano fiz um "estágio voluntário" para o Hospital Santa Rita, cuidando do jornal interno "Expediente", que se manteve até o final de 2003. Desse projeto surgiu a idéia de se criar o Jornal ABS News, do grupo da Associação Bom Samaritano. Participei da criação do jornal e me mantive por alguns meses escrevendo matérias e fotografando. Logo que me formei, em 2003, passei um tempo em Rondonópolis-MT, onde fiz acompanhamento na TV Centro América, filiada à Rede Globo. Voltei para Maringá e fiquei alguns meses pensando no que fazer. Em 2004, ano eleitoral, aproveitei o fato de estar recém-formada para fazer um curso de locução. Fiz teste de rádio e tv para participar de várias campanhas políticas para prefeito. Acabei passando no teste para a campanha do então candidato Silvio Barros. Fiz os programas de rádio durante a campanha. Com pouca experiência, penei bastante no começo, mas acredito que a campanha foi uma escola para mim, me ajudou a me tornar mais comunicativa e atenta. Quando o prefeito assumiu, em 2005, fui chamada para integrar a equipe da Assessoria de Comunicação da Prefeitura. Desde então me mantenho no mesmo trabalho, onde aprendi a fotografar. Atualmente quase não escrevo mais matérias, cuido da parte estratégica e assessoro diretamente o secretário de Comunicação, Diniz Neto, que tem me ensinado muito.

O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Por ter entrado na faculdade muito cedo, com 17 anos, quase não tive experiência profissional em outras áreas. Trabalhei apenas algum tempo em uma loja de revenda de veículos usados. Aprendi a ser mais esperta quando se trata de mecânica.

Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
Trabalhar mesmo com contrato assinado só na Prefeitura. Mas já fiz trabalhos para a Maringá FM, TV Centro América, Associação Bom Samaritano, Anima Propaganda, Meta Propaganda, Jacques Vídeo. Também presto assessoria para algumas empresas fotografando e criando textos.

Quais as suas reportagens mais marcantes?
Todas as que envolvem política. Mas por trabalhar em Assessoria muitas vezes não é possível criar textos polêmicos. Algo que tenho muito orgulho de ter feito foi o Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, um documentário fotográfico sobre miséria e pobreza em Sarandi. Passei alguns anos da faculdade me dedicando a isso, fotografando muito e visitando vários moradores carentes. Aprendi profissionalmente e pessoalmente muita coisa. Aprendi a ter mais humildade, a enxergar as pessoas com outros olhos e a gostar de ajudar. Sempre que fotografava alguém para o TCC eu voltava aos locais de onde tinha recolhido as imagens e mostrava para os moradores as fotografias reveladas. A reação das pessoas era muito interessante.

Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Fico feliz com as pequenas conquistas. Um elogio, uma resposta rápida em um momento de necessidade, uma frase de impacto, uma idéia inovadora, a auto-superação diária. Os amigos que fiz e continuo fazendo na imprensa também me agradam muito. As conversas antes e após os eventos são um estímulo. Sempre aprendo muito. Tenho muito a aprender e procuro absorver o máximo possível de pessoas mais experientes, as quais respeito muito.

Quais as decepções?
Impossível dizer que não há decepções. Elas existem sim, o importante é superá-las. Acho que é legal não deixar que as pessoas te desanimem. No trabalho de jornalista temos que suportar coisas que não precisaríamos passar se tivéssemos optado por outra profissão. Mas é aquela velha história, se te derem dúzias de limões, faça uma limonada. Ainda acredito que perseverança é fundamental para o sucesso.

Quais os planos?
Queria muito morar no Rio de Janeiro, fazer cursos, aprender, descobrir novas áreas. Mas isso vai ficar para um futuro um pouco distante, pois quero conquistar muita coisa aqui ainda. Apesar de vivermos em um local onde a comunicação ainda tem muito o que melhorar, é um desafio se manter aqui. E os desafios me atraem.

Já pensou em fazer outra coisa na vida? O que te atrai?
Nunca pensei em fazer outra coisa na vida. Mas tento conciliar minha profissão, na qual sou simplesmente apaixonada, com outras paixões. Adoro música, amo cantar, gosto de poesia (embora não deixe que ninguém as leia), componho canções e gosto do meu “mundinho” em uma sala escura, com o computador ligado, dedilhando um violão e sussurrando baixinho minhas próprias canções. Sou feliz assim, gosto de ficar só para meus pensamentos fluírem. Procuro boas companhias, pessoas que têm algo a acrescentar. No mais, tento ser normal!

Quem você admira na imprensa?
Admiro muito as pessoas que trabalham comigo, que me ensinam dia-a-dia que é possível fazer, e bem feito. Respeito todos os jornalistas, independente de escola, de veículo, de área de atuação. Cada um tem algo a acrescentar. Sou crítica sim, mas prefiro enxergar as qualidades e deixar que essas me impulsionem.

Mensagem:
Gosto da frase “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”, de Caetano Veloso. Serve para traçar personalidade e descreve como encaro a profissão (viciante) de jornalista.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Gente da imprensa - Montezuma Cruz




Nome completo:
Célio Montezuma Caldieri Munhoz, pseudônimo jornalístico: Montezuma Cruz (desde 1972).

Data nascimento e local:
4 de fevereiro de 1953, em Presidente Prudente (SP), porém, pé vermelho criado em Lupionópolis (PR).

Onde trabalha?
Atualmente repórter e redator da Agência Amazônia de Notícias, em Brasília.

E-mail:
mailto:montezuma@agenciaamazonia.com.br

Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Tive a primeira oportunidade em Teodoro Sampaio (SP), onde fui correspondente dos extintos Correio da Sorocabana e A Região, editados em Presidente Prudente. Depois ingressei em O Imparcial e fui correspondente de O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo. Daquela cidade rumei para Campo Grande, Dourados, Naviraí, Cuiabá, Porto Velho, Manaus, São Luís, Maringá, Foz do Iguaçu, Ourinhos, e cá estou, satisfeito por ter conhecido tantos lugares e tanta gente boa, graças a Deus.
O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Quando menino, em Teodoro Sampaio, engraxei sapatos, auxiliei meu pai no Escritório de Contabilidade Exatidão, por ele fundado, e fui jornaleiro do Estadão. Não sai do pensamento aquela Monark Galaxia 67, novinha, que ali chegou num vagão de trem. Usei-a durante dois anos na entrega domiciliar.
Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
De Paula, foram tantos. Se me permitir, faço um roteirinho, a partir de 1975, após deixar Presidente Prudente, onde também fui repórter nas rádios Comercial e Piratininga: Correio do Estado e Rádio Cultura (Campo Grande), Diário de Cuiabá, Correio da Imprensa, Jornal do Dia e A Gazeta (Cuiabá), A Tribuna, O Imparcial e O Guaporé (Porto Velho), Porantim (Manaus), O Estado do Maranhão (São Luís), Folha de Londrina (Dourados, Campo Grande, Maringá e Foz do Iguaçu), O Diário do Norte do Paraná (Maringá), Jornal da Divisa (Ourinhos), Debate (Santa Cruz do Rio Pardo) e Jornal de Brasília (DF). Em Cuiabá, Porto Velho e São Luís trabalhei para o Jornal do Brasil e O Globo (ambos do RJ).
Quais as suas reportagens mais marcantes?
Algumas sobre índios, minérios, terras e fronteira, em Mato Grosso, Rondônia e no Maranhão. Todas publicadas pela FSP , Jornal do Brasil e O Globo. Outras, em pequenos jornais no interior paulista; outras na Folha de Londrina e no Diário, em Maringá. Felizmente, sempre tive bons chefes e editores. Cada reportagem bem apurada me proporcionou aprendizado e alegria. Uma das marcas que me emociona é ter contribuído, com algumas matérias, para a transformação do extinto Território Federal de Rondônia em Estado, entre 1976 e 1982.
Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Ter conhecido muitos lugares e poder compreender que o Brasil é mesmo um País cheio de contrastes. Tive uma sucessão de encantos, da fronteira com o Paraguai e Argentina – onde acompanhei a criação do Mercado Comum do Sul, o Mercosul – aos morros do Arame, perto de Barra do Corda, no Maranhão – e à Floresta Amazônica. No JB emplaquei várias matérias sepultando de vez o Grupo Executivo das Terras do Araguaia e Tocantins (Getat). As minas de manganês de Urucum (MS) estavam abandonadas em Corumbá e graças a uma reportagem de uma página na FSP o governo federal procurou sócios em Minas Gerais para que a Empresa Mato-grossense de Mineração (Metamat) pudesse explorar as jazidas. Hoje quem manda lá é a Vale do Rio Doce. Se pudesse, percorreria esses lugares outra vez. Sei que isso já não é mais possível.
As decepções?
Ver que muitas matérias apontando irregularidades e desmandos administrativos e, sobretudo, agressões à natureza pouco resultaram. Assim ocorreu em Rondônia, em Mato Grosso e no Maranhão. E olhe que ainda tenho uma forte ligação com Rondônia, onde nasceram alguns de meus filhos. Talvez seja esse sentimento o reflexo de algum amargor. Sentir também que o jornalismo atual, com raras e honrosas exceções, deixou de investir na reportagem com tempo suficiente para uma boa apuração. Tudo vem sendo muito imediato. Lamento, possivelmente estampando a frustração de muitos jovens que agora ingressam na profissão sem ter tido a oportunidade de degustar aquele período tão bonito que tanto beneficiou os profissionais das décadas de 70, 80, até 90. Obviamente, eles também sentirão saudades do momento que vivem hoje. Estamos empatados.
Quais os planos?
Planos? A essa altura, ir reduzindo a marcha e caminhar para o dominó no Clube da Terceira Idade. Concluí meu primeiro livro, Aconteceu no Pontal, com atraso de um ano. Espero lançá-lo até fevereiro- março de 2008. Passei oito anos juntando fragmentos da história bem popular ali de Teodoro Sampaio, onde vivi parte da infância. Se não lançar esse livro, que representa uma resposta a mim mesmo, não morrerei em paz. Paralelamente, alcancei um dos objetivos intermediários neste fim de carreira: escrevi 25 matérias lembrando os 30 anos da mais completa CPI da Terra feita no Congresso Nacional. Nem os deputados se lembraram desse grande feito dos ex-colegas, mas a memória parlamentar sofreu mesmo um enorme apagão. As matérias estão na Agência Amazônia. Me senti realizado.
Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Algumas vezes sim, a exemplo de colegas que deixaram esta profissão para serem publicitários,
empresários ou donos de bar. Conheço casos notáveis de monstros sagrados do jornalismo paulista que trocaram as Redações pelo mundo empresarial. Alguns voltaram correndo. Enfim, acredito que o masoquismo muitas vezes tem a ver com o modo de vida que nos caracteriza, porque na maioria das vezes persistimos, apesar das adversidades. Mas onde elas não existem?
Quem você admira na imprensa?
Se eu mencionar nomes de diretores, editores e repórteres do passado me mostrarei um saudosista. Se falar apenas de nomes do presente, estaria renegando aqueles tantos que engrandeceram diversos jornais e revistas, nas capitais e também no interior de seus estados. Cada qual tem seu valor, digno de admiração e respeito; outros ganham a repulsa quando desagradam. Posso dizer que admirei e admiro gente de todos os times, pela competência e pela franqueza.

Mensagem:
Peneirando daqui e dali, é possível alcançar o equilíbrio na vida. Venho procurando encontrar coisas boas, embora não possa fechar os olhos à análise de tantas inutilidades e mediocridades que campeiam ao redor. Para ter paz, não há como fugir de problemas. Aos jovens, sugiro que leiam sempre e procurem não se impacientar com esse mundão cibernético. Busquem qualidade. Contem histórias para si mesmo. Leiam e vejam não apenas a matéria que escrevem no jornal, na internet, no radiojornal, no telejornal. Leiam livros; não deixem o livro pegar poeira. E procurem viver com dignidade. Quando tiverem 50, 60 anos, certamente não se arrependerão de terem mergulhado de cabeça nessa profissão. Assim espero.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Gente da imprensa - Rogério Fischer











Fotos:

Da credencial do Pan do Rio que não serviu para quase nada
Com dois amigos, em Maringá, a polaca Edna Mendes e o cabeçudo Henri Júnior

Com a minha filha Natália na avenida Brasil, em Maringá

Com Marcos Gouveia, Mário Fragoso e João Arruda no "Bar do Lema" em Londrina




Nome completo:
Rogério Carlos Fischer, sendo que o "Carlos" apenas a excelentíssima dona Maura, autora do mesmo, é quem o utiliza.

Data nascimento:
01/12/1965, mas não conte para ninguém.

Onde trabalha?
Em O Diário, pela segunda vez em pouco mais de três anos; se não é um recorde, está próximo disso.

E-mail:
Ainda não ganhei coragem de abrir um ou participar de um.

Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Comecei em janeiro de 1987 e foi "quase" traumático, porque, ainda na faculdade, fui contratado para a Editoria de Esportes do Paraná Norte, diário de circulação regional que a Folha de Londrina lançara no ano anterior, com grande repercussão sobretudo comercial. Só que no Carnaval do mesmo ano o PN foi fechado pela diretoria da Folha, como desfecho de uma greve conjunta que, semanas antes, o pessoal dos dois jornais haviam deflagrado. Disse "quase" traumático porque semanas depois, e ainda cursando o terceiro ano de faculdade, acabei contratado pela Folha, na qual fiquei até outubro de 2000. Naqueles 14 anos, fui repórter de Local, repórter de Esportes, redator de Política, editor de Local e editor de Esportes (levei sorte, cobrimos a Copa América de 1999 realizada no Paraguai e o Pré-Olímpico de 2000, em Londrina).

O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Nada. Aos 14, 15 anos, meu pai tentou me iniciar em trabalho e me colocou para cuidar do escritório onde ele comercializava adubo, semente, inseticida. Mas minha carreira de faz-tudo durou poucos dias; ele logo viu que pegar no batente, no duro mesmo, não era para o seu primogênito.

Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
Além de Paraná Norte e Folha de Londrina, ajudei dois amigos (Nelson Capucho e João Arruda, respectivamente) a editar O Popular e Mais Londrina, iniciativas próprias deles. Cobri licença-maternidade de Josiane Schulz como correspondente, em Londrina, da Gazeta Mercantil (período em que trabalhei, ainda que a distância, com Nilson Monteiro e Silvio Oricolli) e estava em duas assessorias de imprensa - da Unopar e do Londrina Esporte Clube - quando, em junho de 2004, vim para Maringá ser editor-chefe de O Diário, do qual fui desligado em janeiro de 2006 e, meses depois, recontratado como editor do Primeiro Caderno.

Quais as suas reportagens mais marcantes?
Lembro-me de uma em que eu e o fotógrafo Roberto Brasiliano cruzamos o Rio Paraná à noite numa canoa motorizada de Guaíra até Salto Del Guayrá, no Paraguai, onde alguns prepostos do Dezinho (José Wanderleis, se não me engano) nos esperavam para nos levar até a presença daquele que havia sido rotulado, dias antes, pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Moacir Favetti, de "Al Capone da Fronteira". Dezinho era tido como um dos maiores contabandistas do País e responsável pela morte do Gardemann, um dos homens mais temidos do Paraná naquela época, fim dos anos 80. Dezinho disse, em entrevista exclusiva à Folha, que Favetti não tinha moral para lhe acusar de nada, e disse que o juiz federal de Foz, Edgar Lipmann Júnior, o havia extorquido em US$ 100 mil para relaxar um pedido de prisão preventiva dele. Ambos, evidentemente, processaram Dezinho, que, dizem, teria sido encontrado morto no Norte do País alguns anos depois. A casa do sujeito em Salto del Guayrá era uma verdadeira fortaleza. E atravessar o Paranazão de noite, para entrevistar um cara daqueles, não é bolinho não.

Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Todo o aprendizado, todas as amizades formadas, todo o processo de amadurecimento, a sorte de ter convivido com gente de extrema competência, nas redações e nos bares. Gente do calibre de Edson 'Jerê' Vicente, Bernardo Pelegrini, José 'Ganchão' Maschio, João Arruda, Nelson Capucho, Estélio Feldman, Valmor Macarini, Jota Oliveira, Widson Schwartz... E mais um monte de gente.

Quais as decepções?
As demissões, particularmente a da Folha. As demissões sempre representam uma ruptura, nem sempre justa. Mas, como diria o Kléber Bam-Bam, "faz paaaarrrrte".

Quais os planos?
Continuar contribuindo com o processo de mudanças aqui n'O Diário, processo do qual fiz parte visceralmente, encerrar um ciclo profissional em Maringá e ajudar minha filha, hoje com 11 anos, e que mora em Ibitinga (SP), a ser alguém decente na vida.

Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Já, mas antes de prestar o vestibular para Jornalismo em Londrina. No meio do terceiro colegial, iria prestar Geologia em Ouro Preto, mas justo naquele ano, 1983, não lembro por que, não houve vestibular na Federal de lá. Caso contrário, o Brasil poderia ter tido um péssimo geólogo.

Quem você admira na imprensa?
Basicamente, aquele mesmo pessoal que citei alguns parágrafos atrás. Há também alguns nomes nacionais, mas fiquemos com os nossos pés-vermelhos mesmo, que já tá bão demais.

Mensagem:
Aos 42 anos, já é possível confirmar aquela tese: tratem as pessoas com respeito, porque o mundo de fato é pequeno, porque o mundo, de fato, roda, e as pessoas vivem se encontrando depois.

Gente da imprensa - Salsicha



Nome completo:
Ricardo de Jesus Souza

Data nascimento:
26/05/1977
Onde trabalha?
Rádio Nova Ingá e Programa Pinga Fogo na TV

E-mail:

Blog:
Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Comecei a trabalhar na imprensa em 1994 na Rádio Nova AM de Apucarana como sonoplasta, trabalhei 2 anos em Apucarana. Depois viemos para Maringá, Rádio Nova Ingá. Aqui continuei como sonoplasta na Rádio até que apareceu uma oportunidade para eu fazer uma reportagem em 2001. Um assalto ao Banco do Brasil, no Maringá Velho, em que o gerente ficou como refém dos bandidos. Eu, sem noção de reportagem, entrei no Banco do Brasil e fiz a entrevista com o gerente, que contou em detalhes como os bandidos agiram. Assim foi o começo e estou até hoje na imprensa.
O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Aos 9 anos, trabalhei com o meu pai em um Posto de Gasolina em Jandaia do Sul. Depois fui office-boy no comércio de Jandaia, trabalhei em uma farmácia, fui técnico de som (Geração 2000 e Agena som) e logo depois comecei no rádio.
Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
Radio Nova AM de Apucarana, Nova Ingá e Pinga Fogo na TV .
Quais as suas reportagens mais marcantes?
São várias porque o setor policial tem muita coisa que marcam a vida da gente.
1 - O assalto no banco do Brasil no Maringá Velho, em 2001, quando tudo começou.
2 - Um acidente próximo a Dr. Camargo quando uma família morreu na batida. As pessoas estavam indo para praia e bateram de frente com um carro roubado em Maringá e conduzido por dois menores. Todos morreram.
3- A prisão de um membro do PCC em Maringá na Rodoviária nova, quando ele fazia o transporte de armas para o Rio. (Aqui teve ameaças)
4 - Morte de 11 pessoas em um acidente de ônibus próximo a Campo Mourão. O ônibus tombou e pegou fogo. As 11 pessoas morreram queimadas (coisa feia de se ver).
5 - Seqüestro da filha do Dr. Jorge Chamas. Foi uma semana de investigações em que eu acompanhei todo trabalho da policia até a prisão da quadrilha que tinha como chefe um outro médico.
6 - Marcou também as denúncias que foram feitas contra Paolichi e Jairo Gianoto.
7 - Caso da morte da garota Márcia Constantino ,que foi morta, abusada ,estuprada e queimada pelo assassino Natanael Búfalo.
E muitas outras noticias que me marcaram, sem contar as ameaças que recebo no dia-a-dia.
Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
As risadas no programa Pinga Fogo na TV e ser uma pessoa alegre e feliz com a vida. E ainda ser amigo de todos da imprensa de Maringá e região
Quais as decepções?
São muitas, mas o que mais me incomoda são as ameaças feitas, por ser um repórter policial.
Quais os planos?
Fazer uma faculdade de jornalismo e continuar nesta profissão.
Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Tenho muitos sonhos, mas falta o principal: o dinheiro. Então vamos continuar como repórter policial.
Quem você admira na imprensa?
Benedito Cláudio Pinga Fogo de Oliveira. Pinga Fogo me adotou quando eu tinha 17 anos, me ensinou a trabalhar no rádio, ser um homem de família e sempre me incentivou nos desafios da vida. Pra mim, Pinga Fogo é um paizão.
Mensagem:
Seja uma pessoa feliz que tudo dá certo na sua VIDA..

Gente da imprensa - Edson Lima



Nome completo:
Edson Lima

Data nascimento:
23 de junho de 1957
Onde trabalha?
O Diário e Rádio Cultura AM
E-mail:
Blog:
Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Comecei em 1987, fazendo programa na Rádio Difusora.
O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Já fui engraxate, catador de cobre e fabricante de tanque de lavar roupa.
Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
Rádio Difusora, O Jornal, Jornal do Povo, O Diário, Cultura AM, SMTV, TVMaringá (Rede Bandeirantes), Jornal O Samaritano.
Quais as suas reportagens mais marcantes?
Quando comecei escrever coluna no O Jornal, não sabia avaliar o que era notícia bombástica ou não. Eu soube que os soldados do Batalhão de Trânsito estavam indo atender acidentes de ônibus da TCCC. Demorava um tempão. Dei uma notinha de apenas uma linha. No outro dia, vi a Solange Riuzim fazendo uma baita matéria sobre o fato na TV Cultura (Globo). Isso me marcou, pra eu aprender largar mão de ser besta.
Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Poder ajudar quem precisa.
Quais as decepções?
Ouvir gente falando e escrevendo que integrantes da imprensa são vendidos, afirmando que a Prefeitura dá dinheiro para não ser criticada.
Quais os planos?
Nenhum. Vou continuar nesta batida, até quando der.
Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Gostaria de fundar uma ONG para defender os animais abandonados de Maringá.

Gente da imprensa - Ronaldo Nezo




Data nascimento:
01/03/1975
Onde trabalha?
CBN Maringá e Faculdade Maringá
E-mail:
Blog:
Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Comecei em 1989, numa rádio AM, em Umuarama. Era um programa semanal, nos fins de semana. O programa terminou em 90. Fiquei três anos distante do rádio. Voltei em 1993. Meu retorno foi num programa diário de esportes. Meses depois, fui convidado para ser repórter de um programa policial da emissora. Não me empolguei com a nova missão e, quatro meses depois, passei a apresentar um programa popular na rádio. Foi um período muito bacana, porque ganhei a confiança da direção, passei a trabalhar noutros projetos... Quando veio a eleição de 94, ganhei espaço como repórter da emissora e ainda mantive meu programa na grade diária. Foi um período muito legal. Em 95, tive uma recaída pela Contabilidade e deixei as reportagens. Fiquei um ano e meio trabalhando num escritório e também com duas horas no rádio. Em 96, vim para Maringá com o objetivo de ajudar a montar a primeira emissora evangélica da cidade, a Novo Tempo.
O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Trabalho na Faculdade Maringá. Dou aulas no curso de Jornalismo.
Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
Não foram tantos. Geralmente fico bastante tempo nas empresas para as quais trabalho. Comecei na Inconfidência AM, depois na Novo Tempo FM, Jornal Hoje e agora estou na CBN. Não sei vale contar, mas tive uma passagem meteórica pelo Diário. Foi rápido demais, porque comecei numa quarta-feira no jornal, mas na segunda já estava na CBN.
Quais as suas reportagens mais marcantes?
Quase sempre, gosto muito do que faço. Entretanto, sou ligado à educação. Por isso, sempre que tenho oportunidade de discutir o tema, sinto-me muito mais útil à sociedade.
Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Ser jornalista é minha maior alegria.
Quais as decepções?
Decepções a gente não compartilha.
Quais os planos?
Vida longa na imprensa e o sonho de construir uma carreira que sirva de referência ética, principalmente numa cidade onde muita gente ainda vê jornalista como alguém que quando fala bem de alguém é porque está ganhando algum dinheiro por fora; quando critica, é porque faltou o "patrocínio".
Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Sempre quis ser professor. Felizmente, é um sonho que tenho realizado.
Quem você admira na imprensa?
Caco Barcellos.
Mensagem:
A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes. (Adam Smith)

Gente da imprensa - Elenir Maria

Nome:
Elenir Maria

Data nascimento:
14/05/1965

Onde trabalha?
Atualmente presto serviços para terceiros, mas trabalhei por 8 anos no Jornal O Diário do Norte do Paraná

E-mail:
elenir@odiariomaringa.com.br

Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Comecei em 1985 no jornal Tribuna do Interior de Campo Mourão. Fazia a página de esportes e polícia. Não era o que eu queria, mas tinha de começar por algumlugar. Foi uma experiência bacana, minha sorte foi ter a Valdete da Graça comoeditora chefe. Foi uma super amiga, e teve uma paciência maior que ela. Quandovi minha primeira matéria publicada foi emocionante. Falei sobre karatê queera o esporte de um ex-namorado, faixa preta e professor desta modalidade.

O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Trabalhei na área de turismo, fretamento de ônibus, organização de viagens e excursões. Me identifico muito com este segmento. A idéia de estar em contatocom pessoas e lugares diferentes me atrai.

Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
Jornal Tribuna do Interior, O Jornal, Jornal do Povo, O Diário do Norte do Paraná, Jornal Oeste, Notícias de Presidente Prudente, TV Maringá, Rádio Metropolitana, Rádio Cultura AM

Quais as suas reportagens mais marcantes?
Fiz várias matérias interessantes. Mas uma que marcou muito, foi o caso de um homem que foi abandonado pela esposa e ficou com os três filhos pequenos emcasa. No desespero tanto por estar só diante da responsabilidade de cuidar dosfilhos quanto pela extrema necessidade que a família passava na época ele matou os filhos a facada. Isso aconteceu em Luiziana, pequeno município próximo a Campo Mourão. Nesta época eu trabalhava na Tribuna. Outra matéria que me marcou foi um motim na cadeia de Campo Mourão. Os presos colocaram fogoem colchões. Quatro morreram queimados. O delegado me ligou às 6h da manhã para me passar a matéria. Quando fui fotografar os corpos e o carcereiro tirou a lona que os cobria vi entre eles um amigo de infância que era meuvizinho e que há anos não o via. Foi um susto tremendo e me peguei pensando nos rumos diferentes que a vida das pessoas podem tomar.

Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Para mim, as alegrias sempre foram relacionadas às pessoas que pude conhecer.Os amigos que pude fazer

Quais as decepções?
Foram muitas, mas nada que o tempo não ajude a amenizar.

Quais os planos?
O planos também são muitos. Quero voltar a estudar, fazer alguns cursos

Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Já pensei, estou pensando e devo mudar de área. Não por não gostar do que faço, mas preciso ampliar meus horizontes, tenho uma filha e preciso assegurar o futuro dela, a faculdade etc. Infelizmente a valorização da profissão é pequena, financeiramente não compensa tanto trabalho

Quem você admira na imprensa?
Admiro muitas pessoas, mas tenho uma admiração especial pelo diretor, presidente do grupo O Diário, o jornalista e advogado Franklin Vieira daSilva.

Mensagem: Quem não se comunica, se estrumbica!

Gente da imprensa - Carlos Fenille



Nome completo:
Carlos Fenille

Data nascimento:
14-03-71

Onde trabalha?
Paraná Noticias (Band)

E-mail:
carlosnoticiasgmail.com

Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Começei em 1990, com o amigo e saudoso Airton Costa, na rádio Atalaia. Cara, no início foi uma brincadeira e estou até hoje.

O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Fui engraxate, vendedor de verdura, servente de pedreiro, pedreiro,recepcionista de hospital, relações públicas, assessor parlamentar de três deputados.

Em quais veículos de comunicação ou assessorias você já trabalhou?
Assessor do então deputado federal Valdomiro Meger, Rádio Atalaia AM, Rádio Difusora FM, Jornal Folha da Cidade, de Sarandi, Jornal Edição Geral, de Paiçandu , RTV canal 10 e atualmente na Band.

Quais as suas reportagens mais marcantes?
Várias, mas a que mais me marcou foi um acidente na rodovia de
Iguaraçu, em que os ocupantes de um gol morreram carbonizados. Me chocou profundamente.

Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Poder defender os mais fracos.

Quais as decepções?
A falta de união da classe.

Quais os planos?
Terminar os estudos.

Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Não.

Quem você admira na imprensa?
Vários, entre eles você , Luiz Fabretti, Diniz Neto e Airton Costa, hoje no céu narrando para os anjos .

Mensagem:
Perguntaram a Dalai Lama:O que mais te surpreende na humanidade? OS HOMENS... porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro, e vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido."

Gente da imprensa - Heitor Marcon




Nome completo:
Heitor Teixeira Marcon

Data nascimento:
16/06/67

Onde trabalha?
Universidade Estadual de Maringá e Studio2 Fotografia

E-mail:
heitor@studio2fotografia.com.br

Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
1984, na extinta TV Manchete, era Operador de VT(o cara que carregava o gravador da câmera pesava 13 quilos, mas em pouco tempo eu já dominava o gravador e a câmera. Depois sai de lá e fui aprender a fotografar no O Diário, com o "Jaca" (Nelson Pupim). Daí por diante minha vida foi só fotografia.

O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Trabalhei com esquadrias de alumínio, vidraceiro e por um período cortei cana.


Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
O Diário, O Jornal, Revista Pois É, TV Maringá (BAND), TV Tibagi (SBT), TV Cultura (Globo) e UEM.

Quais as suas reportagens mais marcantes?
Desfecho seqüestro Samuel Tolardo, em Cambira; uma matéria sobre uma mulher centenária que morava aqui na região para o Discovery Channel; morte do Nego Biela na Aclimação, quando fiz uma foto do filho dele ao lado dos Bombeiros que carregavam o corpo do Pai; e na época do confisco do gado, quando me estranhei com um Policial Federal que quebrou a câmera que eu usava para filmar uma reunião em que eles tentavam obrigar os produtores a vender o gado pelo preço estabelecido pelo Governo. Acho que ele não gostou de ver eu filmando por uma porta aberta na lateral do salão e veio pra cima de mim pegando na "boca" de minha lente e puxando pra baixo, quebrou na hora. Coloquei a câmera de lado e parti pra cima dele (idiota que eu era).

Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
ver as matérias, e fotos publicadas com destaque, alem do ambiente, muito gostoso, muitos amigos.

Quais as decepções?
Descaso dos donos de jornais com o pessoal da redação, falta de equipamentos, essas coisas.

Quais os planos?
Continuar a fotografar coisas interessantes, cada dia aprendendo coisas novas.

Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Já, ser sócio do Silvio Santos, meio a meio, mas ele não quis nem me receber (risos).

Quem você admira na imprensa?
Os companheiros de Maringá que insistem em fazer um jornalismo sério e que não se deixam abater pelas dificuldades.

Mensagem:
Sem mensagem, apenas um abraço nos muitos amigos da imprensa.

Gente da imprensa - Heitor Marcon



Nome completo:
Heitor Teixeira Marcon

Data nascimento:
16/06/67

Onde trabalha?
Universidade Estadual de Maringá e Studio2 Fotografia

E-mail:
heitor@studio2fotografia.com.br

Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
1984, na extinta TV Manchete, era Operador de VT(o cara que carregava o gravador da câmera pesava 13 quilos, mas em pouco tempo eu já dominava o gravador e a câmera. Depois sai de lá e fui aprender a fotografar no O Diário, com o "Jaca" (Nelson Pupim). Daí por diante minha vida foi só fotografia.

O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Trabalhei com Esquadrias de alumínio, vidraceiro e por um período cortei cana.


Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
O Diário, O Jornal, Revista Pois É, TV Maringá (BAND), TV Tibagi (SBT), TV Cultura (Globo) e UEM.

Quais as suas reportagens mais marcantes?
Desfecho seqüestro Samuel Tolardo, em Cambira; uma matéria sobre uma mulher centenária que morava aqui na região para o Discovery Channel; morte do Nego Biela na Aclimação, quando fiz uma foto do filho dele ao lado dos Bombeiros que carregavam o corpo do Pai; e na época do confisco do gado, quando me estranhei com um Policial Federal que quebrou a câmera que eu usava para filmar uma reunião em que eles tentavam obrigar os produtores a vender o gado pelo preço estabelecido pelo Governo. Acho que ele não gostou de ver eu filmando por uma porta aberta na lateral do salão e veio pra cima de mim pegando na "boca" de minha lente e puxando pra baixo, quebrou na hora. Coloquei a câmera de lado e parti pra cima dele (idiota que eu era).

Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
ver as matérias, e fotos publicadas com destaque, alem do ambiente, muito gostoso, muitos amigos.

Quais as decepções?
Descaso dos donos de jornais com o pessoal da redação, falta de equipamentos, essas coisas.

Quais os planos?
Continuar a fotografar coisas interessantes, cada dia aprendendo coisas novas.

Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Já, ser sócio do Silvio Santos, meio a meio, mas ele não quis nem me receber (risos).

Quem você admira na imprensa?
Os companheiros de Maringá que insistem em fazer um jornalismo sério e que não se deixam abater pelas dificuldades.

Mensagem:Sem mensagem, apenas um abraço nos muitos amigos da Imprensa.

sábado, 24 de novembro de 2007

Gente da imprensa - Roberto Silva




Nome completo:
Roberto Silva

Data nascimento:
08/abril/1960

Onde trabalha?
O Diário do Norte do Paraná

E-mail:
Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Ingressei no O Diário em agosto de 1983. Desde criança tive atração por jornalismo (sonho de minha mãe) e aos 22 anos, quando morava em Londrina, li uma matéria na coluna do Osvaldo Militão, na Folha de Londrina, dizendo que no Japão não se vendia jornais em banca (mais de 90% da população era assinante e recebia jornais em casa ou na empresa). Aquilo me deu um estalo e como estava para mudar para Maringá pensei: pôxa, lá em Maringá deve ter jornal e vou propor essa idéia de vender assinatura pra eles (olha a inocência, eu não sabia que esse negócio de assinar jornal já existia no Brasil há décadas). Pois bem, enquanto o motorista do caminhão descarregava a mudança na Vila Operária, atrás do Cine Horizonte, saí pelo bairro perguntando qual era o jornal mais lido da cidade e me disseram que era O Diário, cuja sede ficava onde atualmente é a EstaçãoRodoviária. Logo no primeiro dia de trabalho (período da tarde), com a ajuda do Diógenes Gomes (não sei se ele lembra dessa história), consegui vender 17 assinaturas em uma única empresa, a Pismel. A venda surpreendeu o Sérgio Carniel, que cuidava do setor de assinaturas e, em poucos meses, consegui emplacar O Diário em toda cidade. Um ano depois, montei um esquema de transporte com as empresas de ônibus intermunicipais e comecei a levar O Diário para a região. O problema é que as pessoas reclamavam que o jornal não noticiava a cidade delas. Comecei, então, a coletar notícias nas prefeituras, delegacias e junto a empresários ligados às entidades de classe e encaminhá-las à redação dojornal, que incumbia um repórter de produzir os textos. Novo problema: nervosos por terem de produzir matérias para um vendedor (picareta, na linguagem oficial), os repórteres escreviam de qualquer jeito e tudo errado, o que acabava comprometendo meu trabalho. Sem alternativa, e aproveitando a verve que corria pelas veias, passei eu mesmo a produzir o material. Deu certo: em um período de um ano e meio consegui introduzir O Diário em 44 cidades, quebrando tradições antigas como Folha de Londrina, Estado do Paraná e Gazeta do Povo. Com a orientação do Jaca (chefe dos fotógrafos na época), passei a andar com uma máquina fotográfica amadora a tiracolo e a produzir todo meu material. Detalhe: minhas viagens eram por minha conta, de ônibus ou de carona. Por falta de hotéis, em algumas cidades, cheguei a pousar muitas noites na beira de estradas. Como era uma função rejeitada por todo jornalista, aquilo acabou me favorecendo.
O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Minha família sempre teve um bom padrão de vida, mas comecei a trabalhar aos 11 anos de idade carpindo quintais de residências. Conseguia muitos clientes, pois cobrava o preço de dois picolés para carpir um terreno de 300 metros quadrados. Fui entregador de supermercado, contínuo, auxiliar de escritório, despachante de transportadora, servente de pedreiro, auxiliar de pintor, montador de estruturas metálicas, balconista e garçom.
Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
O Diário e com colaborações esporádicas na Rádio Cultura AM.

Quais as suas reportagens mais marcantes?
Cobertura do seqüestro de Samuel Tolardo; cobertura exclusiva da morte de quatro assaltantes de bancos em um hotel da Joubert de Carvalho; localização, 25 anosdepois, de um rapaz que havia sido abandonado, ainda bebê, pela mãe; elucidação,antes da policia, da morte misteriosa de um delegado de Santa Fé; reportagem resultou na anulação de um júri e condenação de um casal acusado de matar um homem nos fundos da Cocamar; matéria que livrou dois magarefes de um flagrante de tentativa de roubo armado por um sargento do 4º BPM; matéria que resultou na condenação de um homem que estuprou e engravidou a própria filha de 11 anos deidade, em Marialva; identificação antecipada do assassino da menina Márcia Constantino...entre tantas outras
Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Levar informação correta e completa ao leitor e fazer a Justiça prevalecer.

Quais as decepções?
Várias... mas todas, como sempre, acabaram servindo de lição de vida.

Quais os planos?
Emplacar o Almanaque Maringá.
Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Meu projeto é montar um restaurante noturno em Maringá. Há mercado para um ramo específico de negócio cujo segredo guardo a sete chaves.
Quem você admira na imprensa?
Desde a infância, Octávio Ribeiro, o Pena Branca. Na minha opinião, o mais importante repórter investigativo da história do Brasil. Pena Branca não tinha diploma de jornalismo e quase nada de estudo, mas tinha vocação. Quando morreu, na década de 80, apenas um jornal noticiou a sua morte, numa nota de 20 linhas..
Mensagem:
Nunca se justifique. Os amigos não precisam, os inimigos não aceitarão.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Gente da imprensa - Carmen Ribeiro





Nome:
Carmen Ribeiro

Data de aniversário:
24 de junho

Onde trabalha?
O Jornal do Povo

Com foi o início da sua carreira?
Comecei na redação do Diário. Convidada para escrever a Coluna Carmen Ribeiro- Comenta, fiquei dois anos fazendo redação e coluna. Aí pesou, e fiquei com a página diáriade colunismo. Se bem que adoro a redação, fazer matérias especiais, pesquisadas, com assuntos interessantes... é muito bom.

Quais as principais mudanças que você verifica hoje no colunismo social em relação a outras décadas?
O colunismo evoluiu e criou uma nova "cara", mais abrangente, moderna e informativa. Não existe mais o "colunismo social" antigo, restrito a meia dúzia de pessoas, monótono e repetitivo. A coluna atual deve abordar todos os temas, do social ao esporte, do político ao comunitário e beneficente. Um mix de informações rápidas, diretas e abrangentes. De maneira criativa, bem humorada e quando preciso, crítica. É importante que oleitor saiba que as opiniões manifestadas são pessoais everdadeiras. Não manipuladas. É jornalismo no verdadeiro sentido da palavra. Ah, não podemos ficar feito ostra só falando de Maringá, hoje a informação é instantânea, rápida, ágil e abrangente.

O que é ser fino?
É respeitar as pessoas como são, sem preconceitos, seja social ou cultural. É tratar a todos como umigual, nivelando-se aos mais humildes e não se submetendo de forma subservientea os ditos "superiores". Respeitar e aceitar as diferenças sejam religiosas, culturais e, principalmente, sociais, são fundamentais. Ser fino é ser íntegro, sem afetação nem trejeitos.

Cite algumas pessoas que você considera elegantes em Maringá:
Teresa Furquim, Adélia Henrique Zardetto, Cida Borghetti, Priscila Brooke, Lucinha Okimoto, Letícia Scheibel, Sineida Berbeti Ferreira, entre muitas.
Quais as suas maiores alegrias na profissão?
Conhecer pessoas interessantes, íntegras e sensatas. Ampliar as informações e ter acesso a fatos e pessoas incomuns.

E as decepções?
Falta de lealdade, a busca pela êxito profissional deve ser pautada pela ética e profissionalismo.

Quais os seus planos?
Estou em fase de reestruturação. Em busca de novos horizontes... quem sabe um arco-íris surge nos céus...

Mensagem:
Colunismo é uma forte arma de informação. Deve ser feito com honestidade, franqueza e objetividade. Sem manipulação. O resto é resto. E que todos tenham um bom 2008.

Gente da imprensa – Amarildo Torres



Nome Completo:
Amarildo Torres

Data do nascimento:
01/01/1969

Onde Trabalha?
Assessoria de Comunicação do Deputado Federal Odilio Balbinotti

E-mail: amarildo.torres@bol.com.br

Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o inicio?
Comecei como estagiário na Cia Cervejaria Brahma em Agudos SP na área de comunicação, logo depois da formatura em 1991. Depois de 2 anos como estagiário passei para gerência de comunicação da empresa onde fiquei por 5 anos.

O que você fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Já fiz de tudo....(risos) Comecei a trabalhar aos 16 anos como office boy do Banco Bamerindus, hoje HSBC, e depois no BCN onde permaneci por 5 anos. Aos 23 anos, passei no teste na TV ultura de Maringá e entrei como operador de telecine e depois operador de áudio. Foi quando me despertou a vontade de ser jornalista e prestei o vestibular para Jornalismo em Londrina, Curitiba e Bauru. Passei na UNESP em Bauru, onde deixei Maringá e retornei somente em 1997.
Em quais veículos de comunicação ou assessorias você já trabalhou?
Voltei para Maringá em 1997, quando tive a oportunidade de trabalhar na TV Cidade, de propriedade de Fernando Betetti, depois passei por vários canais locais: NET, RIC TV, RTV E BAND e em assessoria, fiz um curto período com o candidato a deputado estadual Joel Coimbra e o candidato a vereador Marco Megger.

Quais suas reportagens mais marcantes?
Na verdade foram três reportagens. A cobertura do Dr Fritz (Rubens) que veio na Estância Gaúcha, prometendo curar as pessoas com agulhas. A segunda foi a chegada dos maringaenses que morrem na queda do avião com o empresário Silvio Name Jr, uma imagem que não me sai da cabeça foi a chegada dos corpos no aeroporto em Maringá e a terceira foi julgamento do garçom que matou um garoto e assou na churrasqueira do Querência, (fizemos ao vivo por mais de 12 horas pela RTV).

Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Quando estreei um programa de entrevista na televisão

Quais as decepções?
Quando tive que parar com o programa devido a falta de incentivos, ou seja, falta de grana para pagar o horário. Obs: sou contra os profissionais terem que pagar o horário em televisão.

Quais os planos?
Gostaria de estrear uma coluna semanal em jornal da cidade e voltar com o programa de TV.

Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Sim. Pensei e gosto muito de fotografia. Ainda quero abrir um estúdio fotográfico.

Quem você admira na imprensa?
É difícil falar em nomes, mas são muitos que me ensinaram e ainda estão me ensinando.

Mensagem: “É engraçado a força que as coisas parecem ter, quando elas precisam acontecer” Caetano Veloso.

Gente da imprensa - Leonardo Filho



Nome completo:
Leonardo Pereira da Silva Filho
Data nascimento:
19/06/1983
Onde trabalha?
TV Maringá - Band
E-mail:
Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Comecei a trabalhar em 1999, na Rádio Cultura AM de Maringá como técnico desom. Foi difícil o começo, porque na verdade eu não sabia direito o que queriada minha vida, mas foi uma experiência muito bacana. Tive contatos com grandesprofissionais já nessa época. Fui operador do Ary Bueno de Godoy, Antonio PauloPucca, Rogério Rico e uma galera que me ensinou muita coisa.
O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Quando morava no interior de São Paulo, em Rio Claro, trabalhava vendendo doces numa loja que minha família montou.
Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
Rádio Cultura AM, O Diário do Norte do Paraná, O Jornal do Povo, TV Maringá(Band).
Quais as suas reportagens mais marcantes?
Em 2006, acompanhei a saga de um gambá que foi atropelado. O Marcelo Henrique (da rádio Universitária – UEM) foi quem encontrou o animal e fez de tudo para obicho receber um atendimento digno. Rendeu uma página numa edição de domingo de O Diário. Foi uma das mais curiosas e marcantes que fiz.
Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Acho que uma coisa muito gratificante é que nós da imprensa, pelo menos quemtrabalha na rua, não tem rotina. Isso não deixa o trabalho ficar chato oumonótono. Acho bacana também o fato de estar em nossas mãos a responsabilidadede manter a comunidade bem informada. Gosto muito disso.
Quais as decepções?
Infelizmente, o profissional da imprensa em Maringá não é valorizado comomerece. Os “picaretas” predominam e acabam prejudicando aqueles que trabalhamde maneira séria. Os patrões também deveriam valorizar mais os bonsprofissionais.Quais os planos? Poder crescer dentro da minha profissão e ter um dia o meu trabalhoreconhecido.
Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Sim, mas não consegui.
Quem você admira na imprensa?
Na imprensa de Maringá existem vários profissionais que admiro. Sem quererpuxar saco, mas Antonio Roberto de Paula é um grande professor, Roberto Silva(repórter policial de O Diário), Walter Fernandes (fotógrafo de O Diário), AryBueno de Godoy (Rádio Nova Ingá), Élvio Rocha, Ananias Rodrigues e váriosoutros (me desculpem quem eu esqueci de citar aqui).

Gente da imprensa - Cezar Lima

César Lima com dom Jaime Luiz Coelho,
o primeiro arcebispo de Maringá


Nome completo:
Cezar Augusto de Lima

Nascimento:
13/01/1945 – S.S.do Paraíso - MG solteiro e “ficante” com Lourdes,há 4 anos (um recorde),graças a uma “sala de bate papo” na Net.

Início da carreira:
Comecei com Aristeu Brandespin – na “Maringá Ilustrada”, em 1967, quando fui cobrir os “Jogos Abertos” em Arapongas. Era matéria paga e Aristeu, ordenou: “Vá e faça o melhor”. Na seqüência, aprendi a fotografar na “marra”.
ALBERTO GROCHICOFF era o fotógrafo e cuidava do laboratório do “Jornal de Maringá” na época do Ardinal Ribas. Num dia de jogo do Grêmio, Grochicoff de “fogo” falou: “Pega meu equipamento e fotografe”. Era uma Yashica 6 x 6, com filme “orvo”, peguei as medidas do obturador, fiz as fotos e na volta ao jornal tive que aprender a revelar em “P&B” e nunca mais parei. Depois fui para o Diário, onde era especializado em fazer “suplementos especiais” – de free-lancer. Depois fui para a FOLHA DE LONDRINA, onde trabalhei 14 anos, como “repórter fotográfico”, fiz dupla com o Giovane Galetto, o “Mineiro” e o Walter Pietrangelo. A FL em Brasília, a primeira sucursal, funcionava em nossa casa, na SQS 703 e depois na SQN 202. Jornais chegavam via aérea até com 5 dias de atraso! Chegava uma “montanha” de jornais e eu passava a distribuí-los no Congresso Nacional e nos ministérios e no Escritório do Paraná, em Brasília.
Nas assessorias de imprensa, atuei junto aos deputados Ary de Lima 70/75 e Arnaldo Busato e Mário César Stamm, no mesmo período; fui assessor do doutor João Paulino Vieira Filho – quando foi candidato a vice-governador de Saul Raiz; E um dos assessores de doutor José Cassiano dos Reis Junior(atuando na região de Maringá) – em seu breve período de Secretário da Agricultura do Paraná.

A decepção:
Foi ver a omissão de colegas da Imprensa,quando do incêndio criminoso nas instalações do “Jornal de Marialva” em 13/12/1997 em que fui vítima e que passei meses em hospitais e clínicas. NINGUEM DA IMPRENSA enviou um único centavo siquer para ajudar na recuperação e omitiram-se por interesses próprios na divulgação do crime.Excluo do comentário o radialista “Pinga Fogo” que noticiou fartamente o acontecido. Sempre serei grato por isso.

As reportagens marcantes
Jornal de Marialva - O crime em que foi vítima o Prof. Adhemar Bornia (Marialva). Fiz edição especial e arquei com todos os custos. O assassino Médico Falcão, foi preso e julgado, a
decisão de julgamento proferido pela jovem juíza Dra. Mônica Fleith Lemuch.O réu foi condenado a 24 anos.
Jornal de Sarandi - A instalação da Comarca de Sarandi
Truck Jornal da Fórmula - Acidente em Campo Grande (MS) com 19 caminhões envolvidos e o piloto José Maria Reis (Goiânia) debaixo dos escombros
Jornal Metropolitano - denúncia em duas páginas com fotos e endereços da contravenção do “jogo do bicho” em Maringá, relatando a omissão dos gestores policiais.

Pensa em fazer outra coisa?
Já fiz “outras coisas”: montei o 1º Drive-In (Flamboyant) em Maringá. Fui agente de vendas do Atacadão etc... Mas penso apenas em fazer jornais. Possuo registro do: “ Jornal de Marialva”, “Jornal de Sarandi”, Jornal de Itambé”, “Jornal de Terra Rica” , “Jornal Metropolitano” , “Jornal da Circular”, “Jornal da Uva”, “Jornal da Fé” e “Truck Jornal da Fórmula”. Alguns estão “encostados” e a maioria na ativa. Redijo,vendo publicidade,terceirizo serviços técnicos e de impressão e faço jornais modernos: totalmente a cores, refilado nos três cantos e grampeados. Ouso mudar formatos e gosto de inovar.

Meus planos:
Trabalhar, trabalhar, trabalhar. Estou com 62 e quero ficar na ativa pelo menos até os 75 (se chegar lá). Não me faltam serviços. Atualmente finalizo edição de 24 páginas para a CPA; 24 páginas em Terra Rica e estou iniciando a edição de Natal do “Metropolitano” e uma edição especial em Goiânia e Tocantis (a respeito de um empresário – Pedro Gonçalves Soldo, “assassinado” recentemente. Fui contratado pela sua família – para não deixar o crime impune). Se tempo houver, há convite para fazer jornal em Porto Rico e em Santo Inácio;

Quem admiro:
Primeiramente a DEUS, pela inteligência, discernimento e por tantas e tantas coisas a agradecer; meu pai,. professor ARY DE LIMA, pela sua rara inteligência e por sua postura política, sempre aliado com a verdade e nunca participando de conchavos e falcatruas. Deixou nome honrado no Legislativo e no Congresso Nacional e perante a sua família e comunidade. Admiro jornalistas e comunicadores que não têm medo de falar, escrever e provar verdades. Reconheço: são poucos.

Mensagem:
Jornalista vive de emoções transmitidas no cotidiano da vida. Viver essas emoções e transmiti-las é uma arte. Finalizando, uma frase que gosto muito e que não sei quem é o autor:
Tudo sem DEUS é nada...
NADA com DEUS, é TUDO !

Gente da imprensa - Alderi Rabelo


Nme completo:
Alderi Rabelo Cordeiro


Data de Nascimento:
06/12/1967


Local onde trabalha?
Revista Mídia & Saúde (editor) e Faculdade Maringá (professor)


E-mail:


Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Eu brinco, às vezes, e digo que caí de pára-quedas na comunicação. Mas logo me corrijo e concluo que, na verdade, estou aqui porque existia um propósito supremo para isso. Se for estabelecer uma data precisa, diria que iniciei minha vida jornalística, efetivamente, em 1995. Foi muito interessante porque na época lecionava Língua Portuguesa no colégio Unidade Pólo de Maringá. Aliás, quando me mudei para cá, em 1993, era formado, apenas, em Letras e, jamais, imaginava que mudaria naturalmente de profissão. Pois bem, No final de 95, já fechando as notas dos alunos, encontrei-me com dois jornalistas de Londrina na Lanchonete Nápoli. Eles procuravam alguém de Maringá para desenvolver um trabalho no jornalismo policial. Eu comecei acompanhá-los neste trabalhão e, posteriormente, passei a viajar no Paraná em busca de matérias da área. A atividade foi me envolvendo tanto que desencadeou o desejo de fazer outro curso superior: Jornalismo. E aí as coisas foram acontecendo e cada dia mais fui percebendo a aptidão que tinha para a área.


O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Fui engraxate, lavrador, auxiliar de escritório, contador, vendedor de consórcio, professor de 1º. E 2º. Graus e professor universitário. Em quais veículos de comunicação você já trabalhou? Revista Paraná Policial de Londrina, revista Nossa de Maringá, Jornal do Povo e Rádio Difusora (neste veículo eu apenas tinha uma participação na área de saúde), produção de jornais diversos (política, educação, geral, etc.).

Quais as suas reportagens mais marcantes?
Posso dizer que fui marcado por matérias com duas vertentes distintas: a trágica, que não contribuiu absolutamente nada, a não ser para a divulgação de uma mera notícia, e a comportamental, que suscitou dúvidas, questionamentos, desejo em melhorar de vida, cura das feridas e emoções de muitas pessoas. Trabalhei como repórter policial por cerca de dois anos. Neste período, vi de tudo: suicídios, assassinatos, estupros, acidentes terríveis, troca de tiro entre a polícia e bandidos, etc. Nesta editoria, o que sempre me marcou foi o grande número de crianças envolvidas com a criminalidade, especialmente com as drogas. Vítimas, na maioria das vezes, de uma desagregação familiar, esses pequenos estabeleciam vínculos com grandes traficantes e ficavam totalmente a mercê de seus intentos. Desta forma, as brincadeiras e outras práticas inerentes à idade eram substituídas pelo mundo da maldade. Não apenas naquele momento, mas hoje também me sinto abalado por esta triste realidade que parece não ter dia nem hora para acabar. O outro lado, no entanto, que sempre me fascinou diz respeito a sentimentos, emoções, temas que, na maioria das vezes, está latente, mas é foco de grande interesse de todas as pessoas, inclusive de mim mesmo. Entre tantas reportagens neste segmento, poderia citar três que me marcaram bastante. A primeira, foi veiculada em dezembro de 2003, intitulada “O outro lado dos problemas”. A aatéria dava conta dos dissabores e percalços que todos nós estamos sujeitos em nosso dia-a-dia. Enfatizava, contudo, como tirar proveito dessas situações ao invés de ficar reclamando. No final do ano seguinte, produzi uma outra muito semelhante. Só que esta apresentava algumas pessoas com grandes problemas, inclusive físicos, mas que conseguiam dar um sentido diferente à vida. Nesta reportagem, eu tracei um paralelo entre as pessoas com muita saúde e abastadas financeiramente, mas que se sentiam infelizes e outras doentes e com sérios problemas, inclusive financeiros, que, no entanto, viviam bem com tal situação.Neste ano, elaborei também uma reportagem sobre inveja. Esta também Me marcou bastante.

Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
A maior alegria e que prevalece até hoje, é poder contribuir, de alguma maneira, para o bem das pessoas. Tenho a consciência que a imprensa é uma forte e eficaz ferramenta na prevenção e combate de muitos males que assolam a humanidade. Não sou utópico, porém, consciente do quanto podemos usar nossas habilidades como jornalistas para a construção de um mundo melhor, em todos os aspectos. Deste modo, meu grande contentamento é ver pessoas comentando que determinadas matérias que produzi as ajudaram a resolver ou buscar ajuda para um referido problema. Minha alegria ainda é poder passar por meio das reportagens valores que acredito que são fundamentais e que vão ao encontro do maior objetivo do ser humano: a felicidade.

Quais as decepções?
As decepções é ver com muita freqüência a omissão que boa parte da mídia comete. Da mesma forma, a ascensão econômica de muitos meios de comunicação em detrimento da verdadeira informação. A mídia tem uma força muito grande, para o bem e para o mal.

Quais os planos?
Meu grande projeto de vida é dar continuidade na minha felicidade. Digo, continuidade porque já me sinto feliz com tudo o que tenho. Porém, entendo que este estado é algo contínuo que baseia-se, principalmente, em nosso crescimento espiritual, interior e emocional. Algo que deve ser desenvolvido e aprimorado enquanto vivermos. Pelo menos neste plano material, não imagino que vou chegar a um estágio de poder declarar-me pronto. Ao contrário, a cada dia tento melhorar mais como ser humano, cidadão, jornalista, pai, filho, amigo...Dentro desta perspectiva, anseio contribuir não apenas para a melhoria da minha vida e de minha família, mas também de meus amigos, colegas e até de desconhecidos que sofrem pelos mais diversos motivos.Como jornalista e editor de uma revista de saúde, almejo transformar este veículo numa referência de pesquisa e informação para sanar às mais diversas dúvidas da área, bem como ser também um instrumento de suporte e amparo emocional e psicológico, já que um dos pilares deste trabalho está intrinsicamente relacionado com tais aspectos.


Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Profissionalmente, não. Sou plenamente realizado e feliz no que faço.

Quem você admira na imprensa?
Não tenho uma personalidade especificamente que admiro. O que admiro de fato, são alguns trabalhos isolados ou conjuntos, que ora contempla um profissional, ora outro.

Gente da imprensa - Carlos Pedroso





Pedroso e a esposa Rosângela
descansam em um mirante na descida da Serra do Mar pela Estrada da Graciosa e Pedroso, repórter do Canal 12
Nome completo:
José Carlos Ribeiro Pedroso

Data nascimento:
11.04.55 (ano do bom Cadillac)

Onde trabalha?
Há seis anos na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Maringá. Sou jornalista concursado desde 2001, quando vim para Maringá.

E-mail:

Blog:
Não tenho, mas leio a maioria dos blogueiros.
Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Entrei em 74 na velha “TV Tibaonze – Canal Gi”, de Apucarana, como desenhista no Departamento de Produção a convite da chefe, na época, MartaMaria Basso e do diretor comercial, Arceno Athas.

O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Quando adolescente, além de estudar o curso científico (hoje, 2º grau), era arte-finalista de fábricas de bonés, réguas, flâmulas, chaveiros, adesivos, plásticos e outros brindes.

Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
Como operário da comunicação comecei na Tibagi como repórter de campo (estreei no Willie Davids, inclusive) e de quadra, na famosa Copa Tibagi de Futebol de Salão. Também fiz horóscopo, na penumbra, com spot na nuca, bola de cristal na frente, fumaça de cigarro no estúdio e voz de ProfessorNetuno. Depois fui para Londrina, me formei em jornalismo pela UEL e passei a ser locutor noticiarista e repórter da TV Coroados. Em 86 fui para a TV Paranaense de Curitiba (repórter, apresentador e narrador esportivo), passando depois pela TV Educativa do Paraná, TV Iguaçu/SBT(quatro anos como diretor de jornalismo do Grupo Paulo Pimentel), RBS(Canal Rural), assessor da Câmara Municipal de Curitiba, diretor de imprensa da Prefeitura de Foz do Iguaçu, chargista da Folha do Iguaçu (emFoz) e vários trabalhos frila para TV. Logo que cheguei em Maringá tive um telejornal (Maringá Notícias) na Band, no horário que hoje é do Léo Júnior. Até o final do ano passado eu comandava a página “Atualidades Esportivas” - sobre esporte amador – que começou em O Diário e acabou no Jornal Hoje.

Quais as suas reportagens mais marcantes?
Fiz várias matérias longas e atemporais que serviram de documentários para o Canal Rural. Uma delas foi sobre a Reserva Ecológica mantida pelaFundação O Boticário, em Guaraqueçaba, no litoral paranaense. Outra foi sobre a influência da agricultura na colonização das cidades paranaenses.Renderam bom material. Mas as reportagens de maior repercussão (nacional, inclusive) foram nos tempos da Globo (TV Paranaense). Em uma delas tive de“viajar” por algumas milhas, pelo Canal da Galheta, em Paranaguá, e em mar aberto, dentro de um apertado submarino. Encerrei a matéria, é claro, coma música Yellow Submarine dos Beatles. Outra foi sobrevoar Curitiba abordo de um “Zepellin”, um balão-charuto dirigível, patrocinado pela Pepsi. São as que me lembro de imediato.

Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Uma delas – não muito jornalística – revi nesta semana ao passar para DVDalgumas fitas VHS de meu arquivo. Foi uma participação, ao vivo, numa dasprimeiras edições do Domingão do Faustão. Praça 29 de Março, em Curitiba, lotada. O Faustão, gozador como sempre, fazendo tiradas e cortando minhas passagens o tempo todo. A atração era fazer com que o telespectador descobrisse quem eram sósias e quem eram as verdadeiras personalidades famosas na época convidadas para o quadro (o ex-piloto Maurício Gugelmin;o meia Assis, do Fluminense – formava o “Casal 20” com o Washington – e acantora Olívia Byington). Aí eu senti a força que tem um programa ao vivo em rede nacional. Foi muito divertido e rendeu outras aparições no Domingão. Também não esqueço dos tempos em que eu dividia apresentações do Jornal Estadual 2ª Edição, Bom Dia Paraná, as edições regionais do GloboEsporte, Esporte Espetacular (quando existiam) e outros telejornais.

Quais as decepções?
A maior delas foi em 1990, por ter aceitado o convite do secretário estadual da Comunicação Social e do governador na época para atuar como âncora no programa eleitoral de TV de um candidato a sucessor ao governodo Paraná. Consultei antes a direção da emissora onde trabalhava e tudofoi discutido e bem analisado previamente. Mesmo contra minha vontade, masa mando da coligação, tive de “bater forte” no José Richa, no MaurícioFruet (meu amigão) e, no 2º turno, no Martinez (aliás, os três já são falecidos). Apareci quase mais que o candidato majoritário, acabei meexpondo demais no vídeo e decidi pedir demissão depois de 16 anos de Globo. Isso porque o candidato para o qual trabalhei ganhou a eleição. Imagine se tivesse perdido (rs).

Quais os planos?
Quero mais é sossego. Meu filho mais velho – que nos trouxe à Maringá – já se formou na UEM e voltou para Curitiba como engenheiro concursado de umagrande empresa. Agora espero o caçula também se formar engenheiro, daqui adois anos, para, talvez aposentado, retornar com a patroa à capital oumorar no litoral. Tenho muitos amigos e meu trabalho como jornalista émuito bem reconhecido – graças a Deus – por lá. Já pensou em fazer outra coisa na vida?Teve um período entre 78 e 80 que, ao não dar certo o trabalho com asOrganizações Martinez em Londrina, retornei para a TV Tibagi para atuarcomo contato comercial. Vendia bem, faturei legal e até comprei umChevette 75 do Wilson Serra (meu colega de universidade). Meses depois ele me convidou para voltar a Coroados e apresentar telejornais. Serra era onovo diretor de jornalismo da emissora, que tinha mudado recentemente dedono (RPC).

Quem você admira na imprensa?
Todas as pessoas da área que me incentivaram e colaboraram para que euseguisse em frente nesta profissão. Já citei alguns nomes. Entre osprofissionais de destaque, na minha opinião, estão o apresentador CarlosNascimento (pela credibilidade transmitida), o repórter Lucas Mendes (pelo texto irretocável) e o velho Armando Nogueira (como jornalistão cobracriada e exímio coordenador de equipes de jornalismo). Aqui no Paraná sempre admirei o trabalho do Sr. Rubens Ávila (já falecido), que me deu aoportunidade de estrear como repórter nos tempos de TV Coroados, onde ele sucedeu ao Serrinha na direção do departamento de jornalismo.

Mensagem
Li em algum lugar que a vida da gente pode ser comparada a uma viagem detrem. É passageiro de todo tipo que entra e sai. Alguns fazem viagem curta e outros permanecem no trem por um longo trajeto. Cada um tem suahistória, seu ideal de vida, um destino a ser cumprido. E aindividualidade de cada passageiro deve ser respeitada e compreendida, independentemente de cor, raça, religião, afinidades políticas,partidárias, futebolísticas, musicais, etc. Afinal, se não estamossentados próximos uns dos outros, com certeza estamos juntos no mesmo comboio ou até no mesmo vagão. E sempre de olho nas nossas “marias-fumaça”que se elegem como locomotivas.Um abraço De Paula, parabéns por essa oportunidade oferecida à rapaziadada latinha e minhas saudações alvinegras de Parque São Jorge.

Gente da imprensa - Danyani Rafaella



Nome completo:
Danyani Rafaella Barbosa

Data nascimento:
03/12/1982

Onde trabalha?
Jornal do Povo, Maringá

E-mail:
danyanirafaella@hotmail.com

Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Comecei a trabalhar no Jornal do Povo no dia 17 de fevereiro de 2003, quando ainda estava cursando comunicação social e foi ótimo, tive excelentes professores dentro e fora de sala de aula. Durante algum tempo houve o questionamento se este, o jornalismo, era o caminho certo a ser seguido e hoje tenho a convicção de que tomei a decisão correta. No início não sabia quase nada, cheguei com a cara e a coragem e aceitei a oportunidade que me deram...e ainda, após algum tempo, vejo que tenho muito o que aprender.

O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Nada, meu primeiro emprego foi no Jornal do Povo, quando comecei trabalhando no setor de classificados e depois me deram a oportunidade de escrever. Minha escola foi a redação e considero essa a faculdade para muitos, porque somente se aprende a escrever, a vivenciar o jornalismo, nas redações, lembrando que banco universitário é excelente para despertar a criticidade, essencial nessa profissão, além de contribuir com o aspecto filosófico.

Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
Somente no Jornal do Povo.

Quais as suas reportagens mais marcantes?
Considero as minhas reportagens mais marcantes, as que de alguma forma a população se identifica, se sensibiliza e não aceita calada, por exemplo, denúncias no poder Legislativo e Executivo – CPI dos Laptops, vereadores se apropriando de parte do salário de seus assessores, improbidade administrativa, dilema da população com flanelinhas, com transporte de mototáxi, considerado ilegal, mortes brutais, como a que cobri este ano, a do estudante Thiago Franchini, assassinado depois de sair de uma casa noturna. Não tenho nenhuma matéria preferida, pois todas são feitas pensando no que a população gostaria de ler e pautadas no cotidiano da Cidade e não tem como preferir um filho né.

Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Acho que as maiores alegrias atuando na imprensa foram alguns amigos, que sei que levarei para o resto da vida, a solidariedade, em determinados momentos, dos que atuam na área, mas a maior de todas é ver as pessoas lendo as minhas matérias, as comentando, pois desta forma sei que meu trabalho valeu a pena e nem um esforço foi em vão. Outra coisa que me dá muita alegria, é quando colegas de profissão elogiam meu trabalho e, alguns, ainda tendem a me proteger nas horas em que o bicho está pegando.

Quais as decepções?
Acho que as decepções consistem em uma classe desunida, apesar de considerar a concorrência uma coisa bacana, que sempre te estimula a crescer mais, contudo não vejo apoio aos jornalistas nas horas em que a situação se complica e quando, após fazer uma matéria, baseada em uma denúncia encaminhada também ao Ministério Público, sou processada pelo mesmo motivo. Apenas fiz o meu trabalho. É como se o direito de expressão e o respeito para com a população, principal interessada em ter acesso a esse tipo de informação não valesse de nada. Outro fator triste é quando vejo o que o ser humano é capaz de fazer com o próximo e ver que Maringá está ficando cada dia mais violenta.

Quais os planos?
Ingressar em um mestrado e na vida acadêmica, tenho vontade de ministrar aula.

Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Sim, queria tentar carreira jurídica.

Quem você admira na imprensa?
Admiro muito as pessoas que atuam na área e fazem um trabalho pautado na seriedade, Antônio Roberto de Paula, Roberto Silva, Zanatta, José Nascimento, os fotógrafos são sem dúvida Henri Jr, Walter Fernandes, SanSilva e João Mário Góes, que possuem uma capacidade única de fazerem poesia com as lentes e transmitirem a essência da matéria em apenas um click, e não poderia deixar de fora dessa listas pessoas que me ajudaram e até hoje contribuem para o meu desenvolvimento, Dayani Barbosa, Verdelírio Barbosa, Otacílio Tatá Cabral e Francês.
Mensagem:Conselho de minha mãe quando comecei a escrever – “Nunca escreva como jornalista o que você não pode sustentar como mulher”.

Gente da imprensa - Carlinhos Martins



Nome completo:
Carlos Roberto Martins Branco

Data nascimento:
26/11/1961

Onde trabalha?
MB Propaganda e coluna de esportes no O Diário (duas vezes por semana)

E-mail:
carlosmartins@mbpropaganda.com.br

Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
No ano de 1978, na Rádio Jornal de Maringá, em uma equipe que tinha Jurandir Gomes, grande narrador, Osvaldo dos Santos, Maurício Gonçalves (que foi goleiro do Grêmio Maringá - era redator e plantão esportivo). A equipe tinha na coordenação o José Aparecido Rocha e Roberto Gadani. Eles me deram a primeira chance. No início, eu tinha pouco mais de 16 anos, foi para auxiliar o Maurício no plantão esportivo. Eu lia o programa de esportes junto com ele. Depois me deram uma oportunidade de repórter. Como narrador mesmo o batismo foi na equipe do Ferrari Júnior, na Rádio Cultura mais ou menos um ano depois. Meu primeiro jogo como narrador foi na Vila Capanema em Curitiba: Grêmio Maringá x Colorado.

O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Comecei na imprensa muito jovem. Mas a primeira profissão que aprendi, aos 13 anos foi a de meu pai, padeiro. Cheguei mesmo a trabalhar um tempo. Durante a vida na imprensa descobri também minha veia publicitária, que veio a se transformar em minha principal atividade. Nas entrelinhas participei de administração pública: fui diretor da Ametur - Autarquia de Esportes e Turismo de Londrina e Assessor de imprensa da Prefeitura de Londrina.

Em quais veículos de comunicação ou assessorias você já trabalhou?
Em Maringá, trabalhei nas rádios Jornal, Cultura AM, Difusora, Maringá FM, CBN. Em Londrina, rádios Tabajara (Hoje Globo AM) Brasil Sul e Paiquerê. Em Ponta Grossa, na Rádio Clube e em Curitiba na Clube Paranaense (B2) e Rádio CBN. Trabalhei como correspondente da Gazeta Esportiva, no O Jornal, além de assessoria de comunicação da Companhia de Desenvolvimento de Londrina e AMETUR. Na TV, fui editor de Esportes da TV Cultura durante quatro anos no final da década de 80, e mais recentemente lançamos o programa GPP Esportes da TV Tibagi.

Quais os jogos e reportagens mais marcantes?
Como narrador esportivo tive a oportunidade de estar em grandes jogos, principalmente em decisões de Campeonato Brasileiro. Transmiti um jogo no Maracanã com 129 mil pessoas. O Estádio tremia. Mas nada comparado com o Willie Davids lotado nos bons tempos do Grêmio Maringá. O torcedor apaixonado, levando o rádio ao estádio. A transmissão dando eco. Foi marcante também um período que atuei como repórter policial em Maringá na Cultura AM. Vi tiroteio, bandido morrendo. Marcante, mas nada agradável.

Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Minha atuação foi mais intensa no rádio esportivo. Para mim as alegrias se renovavam a cada transmissão, a cada viagem. Isso tudo sempre me deixou fascinado. Estádio cheio, a emoção da jornada, sabendo que estávamos contando tudo principalmente para quem não estava no campo.
Quais as decepções?
É exatamente a constatação que as transmissões esportivas, em nosso caso doméstico, perderam muito de seu glamour por conta da realidade atual do futebol de Maringá. As coisas sempre estiveram muito relacionadas. De um lado tirou muito da paixão do torcedor/ouvinte. E o tal do futebol/empresa deixou de representar a cidade e tirou também a paixão do cronista esportivo.

Quais os planos?
Manter um elo mínimo de ligação com a imprensa esportiva. Tá no sangue, não tem jeito. Torcer pelo ressurgimento de um futebol de verdade em nossa cidade e fazer rádio esportivo com o prazer de sempre. Embora minha atividade principal hoje seja a publicidade, quero transmitir uma Copa do Mundo, antes do fim.

Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Já pensei um monte de coisas. Ser profissional da imprensa é antes de tudo um sacerdócio. Porque ninguém fica rico com isso. Ser publicitário é quase que um derivativo disso. Tá ligado de alguma forma. Por isso acho que só pensamos, mas acabamos caindo na mesma.

Quem você admira na imprensa?
A dedicação de muitos profissionais. Nos verdadeiros e bons, a capacidade de discernimento para ser o mais imparcial possível no relato dos fatos. Mas admiro aqueles que não se anulam, que não perdem o poder da crítica. O fato por si não representa muita coisa sem o poder da análise.

Mensagem:
Para os que estão na profissão que não se curvem. Não se dobrem, mesmo quando muitos acharem que está bom apesar da imprensa ou que está ruim por culpa da imprensa. Para os que querem ingressar, principalmente no rádio, que o façam com paixão. O rádio, principalmente, está carente de gente apaixonada pelo que faz. Que grava o que falou, que escuta 10 vezes, que admira o que é sonoro, bonito. Que queira fazer sempre melhor e que entenda o rádio como um veículo inigualável na vida das pessoas.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Gente da imprensa - Messias Mendes



Nome completo:
Manuel Messias Mendes Almeida

Data nascimento:
24.09.50

Onde trabalha?
Aposentado como jornalista mas atualmente trabalhando em duas assessorias de imprensa: Sindicato dos Comerciários e Região Metropolitana, além de manter diariamente atualizado o meu blog.


Blog:
www.messias-mendes.blogspot.com/

Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Comecei em 1965 como offciboy da redação da Folha do Norte do Paraná. O Ivens Lagoano Pacheco era o editor-chefe e o A.A. de Asssis, secretário de redação.Naquela época, trabalhavam na redação da folha fócas que se tornaram jornalistas consagrados. Exemplos: Antônio Calegari (hoje dirigindo a redação do Jornal do Comércio do Rio, o segundo matutino mais antigo do país), Elpídio Serra , que virou professor e pesquisador do Departamento de Geografia da UEM, mas ainda exerce a profissão de jornalista (edita o jornal mensal da Arquidiocese de Maringá);Frank Silva (colunista social e hoje proprietário do O Diário) e Wilson Serra (atual editor-chefe da RPC).

O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Fui engraxate, vendedor de vassoura, carpidor de datas, ofccie boy e entregador de mercadoria de um escritório de representações comerciais.

Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
Transpress (que funcionou no prédio da Rádio Difusora e nos fundos da Rádio Cultura); Folha do Norte, O Jornal de Maringá,Rádio Atalaia (como operador de áudio) Folha de Londrina,Rádio Alvorada de Londrina (correspondente em Maringá do Jornal da Manhã), Rádio Cultura e Difusora (dirigindo programas de rádio-jornalismo), TV Cultura, Revista Pois é (fundador junto com o Moscardi e editor-chefe), TV Tibagi e Rádio CBN, como comentarista de cotidiano. Fiz freela para o jornal O GLobo (participação do Grêmio no Campeonato Nacional - o prefeito era João Paulino).

Quais as suas reportagens mais marcantes?
Fiz várias, mas marcaram-me profundamente uma matéria que fiz na Folha de Londrina. Foi em 1974 quando veio para uma reunião dos revendedores Volkswagem no Bandeirantes Hotel, o presidente da montadora. Wolfgangsawer. Ao desembarcar no Aeroporto Gastão Vidigal, o presidente, aquele alemãozão de quase dois metros, estava sendo levado para embarcar em um Maverick, concorrente direto da Brasília que havia sido lançado naquele ano. Meio de estalo, pensei na manchete:"Presidente da Volks ia embarcando num carro da Ford". Dito e feito, foi chamada de capa e a manchete da coluna social do Osvaldo Militão. Deu um rebu danado,os revendedores Volks cancelaram a publicidade com a Folha. Teve até investigação interna para ver se havia mesmo um Maverick aonde eu falei. Como provaram que tinha, com fotos, a Folha passou a bater pesado nos veículos da marca Volks, que pegavam fogo atoa. Kombi,Fusca, volta e meia tinha um se incendiando na rua. A FOLHA fotografava tudo e dava destaque. Foi indo até que os revendedores pediram água. Outra matéria legal foi uma que fiz sobre o jogo de carteado em Maringá. Foi uma poágina da Folha. O título era assim:"Na saída deu bom dia ao rádio...". Recebi muitos cumprimentos pela reportagem. Lembro-me também de uma longa entrevista que fiz com o ex-governador Haroldo Leon Peres, a primeira que ele deu depois que voltou ao Paraná. Ele fôra nomeado governador pelo presidente Médici e caiu sete meses depois, quando gravaram uma conversa dele com o empresário Cecílio Rego Almeida, a quem ele teria exigido dinheiro para pagar um precatório que o Estado tinha com a empresa, pela construção da linha férrea ligando o Norte do Paraná ao Sul. A entrevista rendeu chamada de capa. Foi tensa, porque fiz umas perguntas duras,que o ex-governador se irritou. Mas foi uma baita de uma entrevista, que anos depois repeti . Pois é, claro com a devida atualização, ouvindo Haroldo de novo.
Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
As alegrias vêm quando uma reportagem que você faz dá resultado, o problema levantado é solucionado. Tive vários casos, um deles, foi , ainda na Folha, salvar uma menina com uma matéria sobre omissão de socorro em um hospital de Maringá. As autoridades de saúde se viraram e deram a ela o tratamento que deveria ter dado sem antes da denúncia.Outra alegria foi atuar em conjunto com o grande Rubens Ávila, na reportagem do grande assalto ao Banco do Brasil de Maringá. O assaltante era um funcionário aposentado do banco. Foi um caso monumental, manchete nos principais jornais do país.Das entrevistas que fiz, orgulha-me uma com o sociólogo Flotrestan Fernandes e com o grande cantor Silvio Caldas, para a Revista Pois é. Também me dá satisfação lembrar da matéria de capa da revista que fizemos com o Faustão, quando ele estava saindo da Band e estava indo pra Globo; com o Lima Duarte , quando ele era Sassá Mutema e com Fiori Gigliotti, também para a POIS É.

Quais as decepções?
A desmontagem repentina da equipe de O Diário que o Laércio Souto Maior montou em 1977 quando o jornal era do Ramires (50%), do Frank (25%) e do Edson Castilho (25%). Eu era secretário de redação. Trabalhava só a noite, porque de manhã estava na Folha de Londrina e à tarde na TV Cultura. Aquele período do O Diário foi porreta. A nossa equipe caiu quando o correspondente em Curitiba, Mata Junta, fez uma entrevista explosiva com o deputado estadual Acioly Neto. Ele dizia que o governo Canet estava podre. A frase usei como manchete de uma edição de domingo. Aí nem é preciso dizer o que aconteceu. O Frank pode contar bem esta história.

Quais os planos?
Continuar trabalhando ainda por muito tempo e envelhecendo com dignidade. Acabar de criar meus filhos (tenho um de 14 anos) e ver surgirem meus netos . Já tenho um filho casado e uma filha que está pensando no assunto. Chego lá. Acho que o sonho nunca acaba, mas meus sonhos são reais e, como dá pra perceber, modestos.

Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Depois que pendurar de vez as chuteiras pretendo tocar violão para o consumo interno (ainda vou aprender) e ficar jogando um xadrez, que ninguém é de ferro. Claro, também tomando umas espumosas, com o devido cuidado com aquela que desce e deixa redondo....

Quem você admira na imprensa?
Nacional: Cláudio Abramo (+), Hélio Fernandes, Raimundo PereiraDomingos Meireles (não pelo Linha Direta, que detesto) , mas pelo livro-reportagem A Noite das Grandes Fogueiras, em que ele refaz todo o itinerário da coluna Prestes.


Mensagem:
Triste Brasil onde honestidade é virtude,quando deveria ser obrigação.