Apresentadora do sarau, radialista
Thais Santana, declamou duas poesias
Aventura
Caro pioneiro de longas batalhas
Que bebeu água dos rios virgens
Sangrou troncos e abriu picadas
Amassou barro e atolou sonhos
Mas que acreditou na aventura
Que tremeu nas noites de breu
Domou os bichos e as feras
Disfarçou as lágrimas de saudade
Dormiu contando tantas estrelas
Sorriu acordando junto com o sol
Ouvindo todos os cantos possíveis
E na sua louca fé, fez um lugar
Caro pioneiro de longas batalhas
Que bebeu água dos rios virgens
Sangrou troncos e abriu picadas
Amassou barro e atolou sonhos
Mas que acreditou na aventura
Que tremeu nas noites de breu
Domou os bichos e as feras
Disfarçou as lágrimas de saudade
Dormiu contando tantas estrelas
Sorriu acordando junto com o sol
Ouvindo todos os cantos possíveis
E na sua louca fé, fez um lugar
O dono
Rugas se espalham na tua face cansada
Teus olhos já não enxergam o horizonte
O tempo deixou arqueado o teu corpo
E os calos perfilaram-se em tuas mãos
A velha cadeira se tornou tua parceira
O riso não pode esconder o teu enfado
Teus ralos cabelos já não ficam dispostos
Os móveis ficaram tão velhos de repente
E as pessoas ficam cada dia mais distante
A visita dos pássaros é mais freqüente
São os mesmos ou se revezam pra te ver?
O mato do quintal nunca ficou tão alto
A enxada da horta está enferrujada
O pequeno jardim está desaparecendo
Os gatos independentes te ignoram
O amigo cão roça as orelhas em tua perna
Deixastes para trás a jovem ansiedade
E o conformismo pôs meias e chinelos
Tuas memórias agora tão desordenadas
Que poucos têm paciência para ouvi-las
Teus pensamentos vão por uma estrada
E tantos queridos teus passam por ela
Quantos nela ficaram ou se perderam?
A tristeza fica dando voltas na varanda
Trazida pelo canto dos sabiás-laranjeiras
E o transporta a um tempo difícil e feliz
Onde a vida vibrava em cada amanhecer
E o trabalho era a senha para sobreviver
Moldando o sonho com a força dos braços
Fazendo o lugar impulsionado pela fé
Quem mais sabe das tuas antigas labutas?
Como era aqui antes de plantarem o cimento?
Antes dos motores, dos eletro-eletrônicos?
Mas no fundo da alma mora uma alegria
Sem fim, que se renova em todas manhãs
Uma alegria que nunca lhe será tirada
É o prazer de saber que é o dono do lugar
Rugas se espalham na tua face cansada
Teus olhos já não enxergam o horizonte
O tempo deixou arqueado o teu corpo
E os calos perfilaram-se em tuas mãos
A velha cadeira se tornou tua parceira
O riso não pode esconder o teu enfado
Teus ralos cabelos já não ficam dispostos
Os móveis ficaram tão velhos de repente
E as pessoas ficam cada dia mais distante
A visita dos pássaros é mais freqüente
São os mesmos ou se revezam pra te ver?
O mato do quintal nunca ficou tão alto
A enxada da horta está enferrujada
O pequeno jardim está desaparecendo
Os gatos independentes te ignoram
O amigo cão roça as orelhas em tua perna
Deixastes para trás a jovem ansiedade
E o conformismo pôs meias e chinelos
Tuas memórias agora tão desordenadas
Que poucos têm paciência para ouvi-las
Teus pensamentos vão por uma estrada
E tantos queridos teus passam por ela
Quantos nela ficaram ou se perderam?
A tristeza fica dando voltas na varanda
Trazida pelo canto dos sabiás-laranjeiras
E o transporta a um tempo difícil e feliz
Onde a vida vibrava em cada amanhecer
E o trabalho era a senha para sobreviver
Moldando o sonho com a força dos braços
Fazendo o lugar impulsionado pela fé
Quem mais sabe das tuas antigas labutas?
Como era aqui antes de plantarem o cimento?
Antes dos motores, dos eletro-eletrônicos?
Mas no fundo da alma mora uma alegria
Sem fim, que se renova em todas manhãs
Uma alegria que nunca lhe será tirada
É o prazer de saber que é o dono do lugar
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