quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Gente da imprensa - Luiz Fabretti

Nome:
Luiz Fabretti

Nascimento:
18 de fevereiro de 1966

Onde trabalha:
TV Maringá, afiliada da Band

E-mail:
luizfabretti@hotmail.com

Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Bem, eu já era fã de carteirinha dos programas de esporte no rádio. Morava em um sítio no município de Astorga e ouvia na rádio o Paulo Pucca e equipe. Uma turma boa: Oswaldo dos Santos, Waldir Pinheiro, Tatá Cabral, Ary Bueno de Godoy, Odair Miguel... Nossa, era uma grande equipe. Tinha na também a equipe do Durval Leal, Germano Filho e outros. Bem, essa introdução é pra dizer que eu e meu irmão Leonardo treinávamos ainda garotos pra ser repórter. Bem em 1980 viemos pra Maringá. Em 86, conheci na sala de aula Silvio Maia, que me apresentou a Nelson Rodrigues, na Difusora. Aí comecei como sonoplasta (não era meu forte) e acabei na equipe de esportes. Na época, Carlos Martins, Nelson Rodrigues, Salles Júnior, Paulo Pantera, Tião Sobrinho e eu, o aprendiz. O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa? Vi a geada de 75. Plantei café. Estudei na Guarda Mirim. Meu primeiro emprego foi como mecanógrafo. Depois, loja de roupas, como vendedor.

Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
Rádio Difusora, 86.
Jornal Correio da Cidade 87 – semanário.
Rádio Sorriso MT, 89.
Rádio Ingamar, 90.
Rádio Cultura, 94.
Rádio Atalaia 95 a 2000, quando deixei o rádio.
TV Maringá – Jornal da Manhã, 95 a 99.
TV Record, 99.
RTV – 99 a 2003.
TV Maringá, Band, Paraná Notícias, desde 2003.

Quais as suas reportagens mais marcantes?
Dezenas delas. No rádio, entrevistas exclusivas com jogadores fantásticos, técnicos e radialistas: Leonardo, Raí, Parreira, Zico, Alex, Fiori Gigliotti, Vanderlei Luxemburgo, Zetti, César Sampaio, Muller, Júnior, Roberto Carlos, Cafu. Foram muitos. Mas o que mais marcou foi estar ao vivo no Estádio do Morumbi, no dia da morte de Ayrton Senna... Eu entrevistava o médico responsável pelo Unicor-SP e perguntava pra ele sobre as possibilidades de Ayrton. Foi quando o placar anunciou a morte de Senna. Foi um silêncio profundo no estádio que estava lotado pra mais uma final. Morria o piloto, nascia o mito. Marcante também foi estar em Curitiba na queda do Grêmio Maringá para a segunda divisão.



Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
Ter me formado em jornalismo foi o máximo. Foi uma honra ter conhecido gente ‘grande’ do rádio de S.Paulo. Ser chamado pelo nome por pessoas como Loureiro Júnior, Vanderlei Ribeiro, Osmar Garrafa, Romeo César. Ter trabalhado literalmente ao lado de Roberto Ruiz e Pinheiro Neto na vila mais famosa, a Vila Belmiro. Só momentos de alegria. Alegria de ter sido o repórter correspondente da B-2, a Rádio Clube Paranaense, por vários anos. Ter tido o reconhecimento de Lombardi Júnior e Edgar Felipe. Só feras. Alegria de ter tido a oportunidade de ter trabalhado na Turma do Microfonão, comandada por Ayrton Costa. Um free-som. Mais tarde, empunhar o microfone da maior audiência do rádio na época, com Denival Pinto.
Na TV, ter recebido parabéns de Ricardo Boechat, pela matéria da mulher mais velha do mundo que vive em Astorga. Ele ligou no meu celular...não acreditei. De ter feito matérias ‘nacional’ pra Band. São bons momentos, esses.
Quais as decepções?
Nunca tive uma grande decepção não. Foram coisas de rotina, sem muitas queixas. Sempre fiz meu trabalho muito sério e profissional, Tenho posicionamentos muito particulares. Tenho opinião própria e isso às vezes incomoda algumas pessoas.
Quais os planos?
Consolidar o projeto Paraná Notícias na Band. Crescer e no futuro morar na beira do mar. Escrever um livro e formar minha filha.

Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Penso sim em largar a profissão. Amo ser jornalista, mas acho que quero mais pra mim. Como sou desprovido de vaidade e desse lance de amor a profissão ou a profissão é uma cachaça. Isso tudo é papo furado. Faço o que gosto por dinheiro. O dia que não for bom pra mim eu largo tudo. Lido bem com esse lado do emocional. Não sentiria falta não. Não sou daquelas pessoas que para ser jornalista tem de estar mal vestido ou parado em um boteco bebendo e fumando. E pior, falando dos “colegas”. Penso muito em meu bem-estar sócio-econômico. Penso em ser um empresário de algo grande e fazer mais uma faculdade. De direito, talvez.
Quem você admira na imprensa?
Caramba... Um monte de gente boa ai. No rádio, Éder Luiz, Dirceu Maravilha, Paulo R. Martins, Ulisses Costa, , Ruy Carlos Osterman, Edegar Felipe, Mauro Beting, Júlio Meneguetti, entre outros.
Não gosto de jeito nenhum de Herodoto Barbeiro, Milton Neves, Carlos Heitor Cony e Arthur Xexéu. Uns chatos. Na TV, as feras são Arnaldo Jabor (“the best”), Ana Paula Padrão, Lillian Witte Fibe e Reginaldo Leme. Os piores são o Gugu (o pior dos piores), Luciana Gimenez, Eliane, Xuxa, Pânico na TV e outros mais que não vejo. Lixo é pouco para eles.
Mensagem:
Ter opinião é importante neste meio. Que todos olhemos menos os defeitos dos outros e tentemos melhorar os nossos para poder transformá-los em virtudes. A profissão é boa, mas as pessoas são, em via de regra, falsas. Entre Jovens e velhos, cada qual tem sua importância. Na profissão, ninguém é imparcial o bastante para ficar isento ou tão ético o bastante para não ser criticado. Estamos sempre de um lado em qualquer que seja o assunto. Derivamos os dedos, a fala ou as imagens para onde queremos dar destaque, e nem sempre o que parece ser correto, é.

Nenhum comentário: