segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Vivo e belo


Que me vê assim tão vivo
Não sabe o que corre além das veias
Dos músculos, órgãos e massas

Quem me vê assim tão belo é plácido
Não sabe o que está por trás deste sorriso torto
Destes olhos míopes
E destas palavras soltas

Quem me olha não me vê
Quem me toca não me sente

Nesta face sorridente
O bem e o mal se dão bem
Para bens, para males

O pensamento é um bicho solto
De possibilidades enormes
A vida é um riso torto
Visto por olhos disformes
Em mim tudo vive, nada é morto
Tudo pulsa, nunca dorme


(Dispersos versos errantes)

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