Adriano Valente:
“A Folha do Norte foi uma iniciativa que teve uma grande repercussão em Maringá. E essa repercussão se deve à época em que os jornais tinham grande dificuldade de se expandir e de se manter, de maneira que a Folha veio para preencher esse vácuo. Não foi uma coisa imediata porque jornal é uma indústria complexa. Depois que a Folha começou a se desenvolver, começou a ter uma influência fundamental para a região e em benefício do desenvolvimento de Maringá.”
Dom Jaime:
“Ela foi bem acolhida no começo. Era um jornal muito sério. E por ser um jornal sério nós tivemos de fechá-lo. A gente queria implantar o bem no norte do Paraná. Nada de partido político, essas coisas, nada disso.”
José Antonio Moscardi:
“A Folha do Norte dava sua contribuição sendo um jornal sem uma linha editorial definida, era um jornal que fazia um jornalismo bem amador, não tinha uma definição editorial. Era eclética, mas ajudou no seguinte sentido: era o que tinha no momento até 74, quando surgiu O Diário, mas até aí era quem norteava os rumos da comunidade junto com as rádios. Era uma referência. A Folha chegou? A Folha falou isso? Muito mais no âmbito da divulgação simplista do que como formadora de opinião.”
Tatá Cabral:
“Ela revolucionou. A gente só conhecia a Tribuna de Maringá e O Jornal de Maringá. A Folha veio com um sistema de impressão moderno, uma equipe muito boa. Ela foi fundamental. Foi a maior revolução até chegar O Diário porque a Folha se transformou no O Diário. Até chegar O Diário, foi a melhor coisa que tivemos na imprensa maringaense.”
Joaquim Dutra:
“A Folha do Norte eu gravo com admiração porque foi um jornal sério. Naquele tempo em Maringá tinha diversos jornais, mas a maioria era de picaretas. A Folha do Norte sempre foi um jornal muito sério, muito responsável.”
Elpídio Serra:
“Se você pegava na época a Última Hora, o logotipo, as cores e a distribuição de diagramação e pegava a Folha do Norte era a mesma cor, um azulzinho turquesa. Qual a idéia? Não vou dizer que veio do dom Jaime, mas de quem estava junto com dom Jaime: era colocar nas bancas os dois jornais lado a lado. Quem estava para comprar a Última Hora, por engano, talvez comprasse a Folha do Norte. E ela circulava em Maringá, Londrina, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, circulava no Brasil inteiro.”
Messias Mendes:
“A Folha do Norte era mais ou menos o que é O Diário hoje para Maringá. Era bem vendida e tinha muitos assinantes. Era uma empresa sólida, bem administrada, bem pé no chão. Depois do segundo arrendamento parece que ela enfraqueceu um pouco. O jornalismo da época era uma coisa mais gente. E o poder de influência também. Hoje, a televisão tem um poder de influência muito forte, mas é aquela imprensa volátil. Hoje a televisão faz uma matéria que influencia e tal. Naquela época, não, uma matéria que causava um tipo de influência na comunidade, ela ia longe. A discussão ia longe. A comunidade tomava partido. Então, o jornal tinha um peso.”
Wilson Serra:
“A Folha foi um grande avanço tecnológico. Ela contribuiu para a consolidação de Maringá como pólo regional. Enquanto O Jornal restringia sua circulação apenas a Maringá, a Folha abriu a circulação regional, em quase todo o norte e noroeste do Estado, levando para quase uma centena de cidades as notícias de Maringá. Tinha correspondentes e bases de circulação em várias cidades.”
João Paulino:
“Foi um investimento feito pela Mitra Diocesana, com dom Jaime à frente. Esse jornal nasceu grande, promissor. Foi um veículo importante para Maringá e região pela influência da Diocese e isso centralizou em Maringá este grande núcleo que está aqui. Foi um dos alicerces da imprensa com o trabalho do dom Jaime, a quem nós devemos elogiar e agradecer pelos feitos. Ele também foi pioneiro na televisão com Samuel Silveira e Joaquim Dutra.”
Verdelírio Barbosa:
“Era um senhor jornal, um jornal de respeito, de peso, circulava praticamente em toda a região. Mas não vejo a influência da Folha no desenvolvimento de Maringá. Até porque foi um jornal que circulou pouco tempo. Ele teve peso na comunicação. A verdade é que o desenvolvimento de Maringá a gente deve para o nosso povo.”
Moracy Jacques:
“Apesar de ser pequena, a Folha do Norte era um bom jornal. Atraiu muita gente da região. Foi o órgão oficial de 30 a 40 municípios, então esse pessoal vinha todo para Maringá.”
Jorge Fregadolli:
“A Folha do Norte abriu esta cidade, foi a mãe desta cidade. Realmente projetou esta cidade, deu uma expansão muito grande. Eu acredito que em 80% cento do crescimento de Maringá a Folha do Norte tem participação porque ela divulgava tudo o que era coisa boa, levava o nome de Maringá para todos os quadrantes.”
Antonio Augusto de Assis:
“Foi um marco no jornalismo aqui e creio que também uma grande escola de jornalismo. O primeiro grande jornal de importância em Maringá foi O Jornal de Maringá. E, logo em seguida, a Folha do Norte.”
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