Na década de 1960 e no início dos anos 1970, a Folha tinha poucos concorrentes. O Jornal de Maringá se limitava a uma circulação doméstica e os jornais da Capital não tinham grande penetração na região.
A Folha do Paraná, então Folha de Londrina, era quem fazia esta concorrência, mas o espaço destinado a Maringá e às cidades da região era bastante restrito. Nos anos 1970, os jornais curitibanos começaram a intensificar o trabalho no interior.
Frise-se também o fato de publicações começarem a surgir nas demais cidades. É necessário acrescentar ainda que a televisão engatinhava. A Rede Globo instalou sua afiliada em Maringá em 1975, justamente no período em que a Folha começou a agonizar.
A televisão passou a ser a primeira mídia. Os donos de jornais tiveram que se enquadrar num espaço mais reduzido. Para isto, tiveram que se modernizar, oferecer mais atrações.
A Folha do Norte se manteve no artesanato. Com a disseminação dos órgãos de comunicação, criou-se inúmeras alternativas para a população, que passou a ver o jornal do bispo como mais um.
É importante sempre destacar que a Folha do Norte contribuiu para o progresso da cidade. A propaganda diária de Maringá em suas páginas, sobre os mais variados colaborou, certamente, no desenvolvimento da Cidade Canção. Pode não ter sido um fator determinante, mas a grande maioria das pessoas envolvidas com o jornal faz este registro.
Em linhas gerais, a Folha do Norte do Paraná pode ser definida como um jornal que nasceu para ser grande, mas não se modernizou. Foi criada para defender e propagar os dogmas da Igreja.
Com Dutra, ela se tornou empresarial, mas continuou atrelada ao poder. Na década de 1970 foi engolida pela modernidade. Contudo, diante de tanta representatividade, qualquer pesquisa, estudo ou análise que se faça sobre a imprensa de Maringá e a regional, é preciso incluir, necessariamente, a Folha do Norte do Paraná.
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