No ano em que a Folha fechou, em 1979, atuavam na Câmara os vereadores da sétima legislatura, que tinham tomado posse em fevereiro de 1977 e ficariam até 31 de janeiro de 1983.
Em 1979, foram poucos os projetos de relevância aprovados de autoria dos vereadores: o que autorizava o Executivo a implantar o sistema de semáforos de ciclo visual, o primeiro do País, idealizado pelo maringaense Divino Bortolotto em toda a área urbana de Maringá, a obrigatoriedade aos proprietários de prédios de apartamentos de mais de três pavimentos de reservar 10% da área do terreno para locais destinados à recreação infantil e o que instituiu no Município a obrigatoriedade da fiscalização de elevadores.
Ao contrário da década anterior, a imprensa passou a acompanhar mais amiúde o trabalho dos vereadores e dos políticos em geral, e não somente nas questões pontuais ou polêmicas. Maior espaço passou a ser destinado à Câmara. Nos anos de 1970, o jornalismo maringaense passa a focar a classe política muito além dos palanques, tribunas, gabinetes e salas de reuniões.
Hoje se pergunta por que o Legislativo maringaense é diariamente alvo de notas, comentários e reportagens ao contrário de cidades do porte de Maringá. Isto ocorre principalmente porque já se tornou tradição das redações de jornais e tevê, dos programas terceirizados de tevê e rádio e dos donos de tablóides pautar as ações legislativas, uma tradição de décadas; e também porque os próprios vereadores se encarregam de criar pautas para os jornalistas, negativas na maioria das vezes.
Nos estertores da Folha, havia a coluna Caldeirão, assinada por José Antonio Moscardi, mas que tinha a colaboração de toda a redação. Quando determinada reportagem não podia ser publicada por razões diversas, saíam informações fragmentadas nas colunas. Uma praxe que dura até hoje.
Com maior ênfase no início da década de 1970, os colunistas políticos passaram a ser leitura obrigatória para quem quisesse conhecer os meandros do poder. O Jornal de Maringá foi quem inaugurou o colunismo político na cidade. Verdelírio Barbosa, que continua escrevendo sobre política no Jornal do Povo, foi um dos pioneiros, tanto na Folha como no O Jornal, tendo trabalhado ainda no O Diário.
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