A Folha do Norte foi arrendada dois anos depois da sua fundação. Foi um curto período em que o jornal esteve sob o comando da Diocese, mas dom Jaime continuou exercendo sua influência.
Mesmo não afirmando taxativamente, a explicação do arcebispo para arrendar o jornal foi o fato de ter sido enganado na venda das ações, o que tornou inviável para a Diocese continuar na direção.
Ele lembra que de 1962 a 1965 viajava constantemente para Roma, acompanhando o Conselho Ecumênico Vaticano 2º e deixava a administração com o padre André, que depois passou para o cônego Munício, também pertencente à Diocese.
“Foi neste tempo que houve um maior prejuízo. Muitas despesas porque não dava lucro. Então tivemos que pensar em passar adiante o jornal.”
O arcebispo deixa no ar que foi enganado. Passados mais de 40 anos, evita polemizar, mas dá sinais de como tudo aconteceu. É enfático ao afirmar que a causa da inadimplência foi o sumiço de boa parte do dinheiro das ações:
“Eu me lembro do Antonio Messias Pimenta, que vendia para nós as ações. Que Deus o tenha na glória. Não sei o que aconteceu. Porque, às vezes, as pessoas compravam 100 ações, pagavam 100 ações. Nós recebíamos 30. Ficavam 70 para receber. A gente mandava receber 70 depois. Não, não, já está tudo pago. Então, muito dinheiro desapareceu assim. Aí que veio aquele prejuízo. Assim, de fato, vendendo as ações, viesse o dinheiro todo ou então pagando por parte e cobrar. Então houve assim, esse desgaste grande. O Pimenta que era encarregado da venda das ações. Ele, com o padre André. Padre André depois deixou o ministério e foi embora daqui. Pimenta morreu. Mas, o pessoal que trabalhava dentro sempre tivemos bom relacionamento.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário