sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Gente da imprensa - Alderi Rabelo


Nme completo:
Alderi Rabelo Cordeiro


Data de Nascimento:
06/12/1967


Local onde trabalha?
Revista Mídia & Saúde (editor) e Faculdade Maringá (professor)


E-mail:


Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?
Eu brinco, às vezes, e digo que caí de pára-quedas na comunicação. Mas logo me corrijo e concluo que, na verdade, estou aqui porque existia um propósito supremo para isso. Se for estabelecer uma data precisa, diria que iniciei minha vida jornalística, efetivamente, em 1995. Foi muito interessante porque na época lecionava Língua Portuguesa no colégio Unidade Pólo de Maringá. Aliás, quando me mudei para cá, em 1993, era formado, apenas, em Letras e, jamais, imaginava que mudaria naturalmente de profissão. Pois bem, No final de 95, já fechando as notas dos alunos, encontrei-me com dois jornalistas de Londrina na Lanchonete Nápoli. Eles procuravam alguém de Maringá para desenvolver um trabalho no jornalismo policial. Eu comecei acompanhá-los neste trabalhão e, posteriormente, passei a viajar no Paraná em busca de matérias da área. A atividade foi me envolvendo tanto que desencadeou o desejo de fazer outro curso superior: Jornalismo. E aí as coisas foram acontecendo e cada dia mais fui percebendo a aptidão que tinha para a área.


O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Fui engraxate, lavrador, auxiliar de escritório, contador, vendedor de consórcio, professor de 1º. E 2º. Graus e professor universitário. Em quais veículos de comunicação você já trabalhou? Revista Paraná Policial de Londrina, revista Nossa de Maringá, Jornal do Povo e Rádio Difusora (neste veículo eu apenas tinha uma participação na área de saúde), produção de jornais diversos (política, educação, geral, etc.).

Quais as suas reportagens mais marcantes?
Posso dizer que fui marcado por matérias com duas vertentes distintas: a trágica, que não contribuiu absolutamente nada, a não ser para a divulgação de uma mera notícia, e a comportamental, que suscitou dúvidas, questionamentos, desejo em melhorar de vida, cura das feridas e emoções de muitas pessoas. Trabalhei como repórter policial por cerca de dois anos. Neste período, vi de tudo: suicídios, assassinatos, estupros, acidentes terríveis, troca de tiro entre a polícia e bandidos, etc. Nesta editoria, o que sempre me marcou foi o grande número de crianças envolvidas com a criminalidade, especialmente com as drogas. Vítimas, na maioria das vezes, de uma desagregação familiar, esses pequenos estabeleciam vínculos com grandes traficantes e ficavam totalmente a mercê de seus intentos. Desta forma, as brincadeiras e outras práticas inerentes à idade eram substituídas pelo mundo da maldade. Não apenas naquele momento, mas hoje também me sinto abalado por esta triste realidade que parece não ter dia nem hora para acabar. O outro lado, no entanto, que sempre me fascinou diz respeito a sentimentos, emoções, temas que, na maioria das vezes, está latente, mas é foco de grande interesse de todas as pessoas, inclusive de mim mesmo. Entre tantas reportagens neste segmento, poderia citar três que me marcaram bastante. A primeira, foi veiculada em dezembro de 2003, intitulada “O outro lado dos problemas”. A aatéria dava conta dos dissabores e percalços que todos nós estamos sujeitos em nosso dia-a-dia. Enfatizava, contudo, como tirar proveito dessas situações ao invés de ficar reclamando. No final do ano seguinte, produzi uma outra muito semelhante. Só que esta apresentava algumas pessoas com grandes problemas, inclusive físicos, mas que conseguiam dar um sentido diferente à vida. Nesta reportagem, eu tracei um paralelo entre as pessoas com muita saúde e abastadas financeiramente, mas que se sentiam infelizes e outras doentes e com sérios problemas, inclusive financeiros, que, no entanto, viviam bem com tal situação.Neste ano, elaborei também uma reportagem sobre inveja. Esta também Me marcou bastante.

Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?
A maior alegria e que prevalece até hoje, é poder contribuir, de alguma maneira, para o bem das pessoas. Tenho a consciência que a imprensa é uma forte e eficaz ferramenta na prevenção e combate de muitos males que assolam a humanidade. Não sou utópico, porém, consciente do quanto podemos usar nossas habilidades como jornalistas para a construção de um mundo melhor, em todos os aspectos. Deste modo, meu grande contentamento é ver pessoas comentando que determinadas matérias que produzi as ajudaram a resolver ou buscar ajuda para um referido problema. Minha alegria ainda é poder passar por meio das reportagens valores que acredito que são fundamentais e que vão ao encontro do maior objetivo do ser humano: a felicidade.

Quais as decepções?
As decepções é ver com muita freqüência a omissão que boa parte da mídia comete. Da mesma forma, a ascensão econômica de muitos meios de comunicação em detrimento da verdadeira informação. A mídia tem uma força muito grande, para o bem e para o mal.

Quais os planos?
Meu grande projeto de vida é dar continuidade na minha felicidade. Digo, continuidade porque já me sinto feliz com tudo o que tenho. Porém, entendo que este estado é algo contínuo que baseia-se, principalmente, em nosso crescimento espiritual, interior e emocional. Algo que deve ser desenvolvido e aprimorado enquanto vivermos. Pelo menos neste plano material, não imagino que vou chegar a um estágio de poder declarar-me pronto. Ao contrário, a cada dia tento melhorar mais como ser humano, cidadão, jornalista, pai, filho, amigo...Dentro desta perspectiva, anseio contribuir não apenas para a melhoria da minha vida e de minha família, mas também de meus amigos, colegas e até de desconhecidos que sofrem pelos mais diversos motivos.Como jornalista e editor de uma revista de saúde, almejo transformar este veículo numa referência de pesquisa e informação para sanar às mais diversas dúvidas da área, bem como ser também um instrumento de suporte e amparo emocional e psicológico, já que um dos pilares deste trabalho está intrinsicamente relacionado com tais aspectos.


Já pensou em fazer outra coisa na vida?
Profissionalmente, não. Sou plenamente realizado e feliz no que faço.

Quem você admira na imprensa?
Não tenho uma personalidade especificamente que admiro. O que admiro de fato, são alguns trabalhos isolados ou conjuntos, que ora contempla um profissional, ora outro.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não é necessário conhecer pessoalmente o Alderi para erceber que se trata de uma pessoa com um filling especial. Que usa seu dom de comunidcação em prol do SER HUMANO. Tive o prazer de ter uma reportagem feita e publicada por ele no ano passado, sobre a DOAÇÃO DE ÓRGÃOS e desde então me tonei sua admiradora e por~uqe não dizer amiga. Um profissional que usa a ALMA e seu trabalho só poderia ter o sucesso que ele tem. Alderi, que Deus sempre o ilumine.
Gabirle www.doeorgaos.blogspot.com

osias disse...

O Alderi sempre teve faro para o jornalismo,quando fazíamos Faculdade juntos de Letras,o Alderi preciso do meu fusca para ir a Apucarana buscar alguns materiais para o seu pai. Na volta, entre Jandaia do Sul e Apucarana, ele avistou muitas pessoas paradas á beira da pista eoutras descendo o barranco,pensando que fosse um acidente,parou ocarro já muito distante do local, deu ré e voltou com muita dificuldade ´pois a rodovia é muito movimentada.Desceu o barranco atrás do povo,entrou no meio de uma roda de gente, percebeu que era apenas o dia de pagamento dos colhedores de algodão,tem ou não tem faro?